Mano a Mano

Mano Brown confirma Emicida e quer entrevistar Dilma: ‘Uma das mulheres mais injustiçadas da história’

Rapper também confirmou a presença de Seu Jorge, Sidarta Ribeiro, André Caramante e Cecília Oliveira

JEF DELGADO/DIVULGAÇÃO
JEF DELGADO/DIVULGAÇÃO
Durante a conversa, o rapper e apresentador afirma que o Mano a Mano foi uma oportunidade de sair da zona de conforto e mostrar uma personalidade diferente

São Paulo – O podcast Mano a Mano, apresentado pelo rapper Mano Brown, teve a sua segunda temporada anunciada na última quinta-feira (17). Líder do segundo programa mais escutado no Brasil em 2021, o artista confirmou a presença dos cantores Emicida e Seu Jorge e também do neurocientista Sidarta Ribeiro nos novos episódios que estreiam a partir da próxima quinta (24).

Durante entrevista coletiva, Mano Brown revelou ainda buscar outros nomes, como o ex-jogador Pelé, e também a ex-presidenta Dilma Rousseff. “Dilma está no radar, ela foi uma das mulheres mais injustiçadas da história do Brasil. Seu Jorge é o próximo a ser gravado, ele tem muito a acrescentar sobre cinema, brasileiros fora do Brasil, como é ser negro fora do Brasil etc. Já gravamos com o Emicida e foi sensacional, ele é um oráculo”, afirmou o apresentador.

Em 2021, o podcast Mano a Mano teve 16 episódios e entrevistou figuras como Leci Brandão, Karol Conká, Fernando Holiday, Djonga, Vanderlei Luxemburgo, Gloria Maria, Lázaro Ramos e Taís Araújo. A participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inclusive, foi o episódio com a maior audiência no Brasil no ano passado.

Mano Brown também confirmou mais dois nomes para a nova temporada do podcast: os jornalistas André Caramante, fundador da Ponte Jornalismo, e Cecília Oliveira, idealizadora do projeto Fogo Cruzado. “Agora, na segunda temporada, o público pode esperar por mais convidados interessantes, além de muito compromisso, seriedade e profissionalismo de toda a nossa equipe. Temos muito respeito pelo nosso público e pelos nossos convidados. Queremos levar informações úteis para o podcast”, prometeu.

Mano a Mano: fora da zona de conforto

Durante a conversa, o rapper e apresentador afirma que o Mano a Mano foi uma oportunidade de sair da zona de conforto e mostrar uma personalidade diferente, apresentando seu lado estudioso e interessado em assuntos múltiplos. Para se preparar mais, ele ainda disse que passou a estudar novos temas, como teologia e afrofuturismo.

“Uma coisa que me perturbava era uma situação em que as pessoas me colocavam em um lugar muito marginal. No imaginário delas, um cara extremamente ignorante”, disse o líder do Racionais MC’s. “Na vida eu comecei a conviver com essa desconfiança da minha intelectualidade ou inteligência. Muita gente se surpreendeu”, acrescentou.

O artista diz que não é um profissional de jornalismo e faz as perguntas de um “cara comum”, um “leigo”, como ele mesmo se definiu. Na conversa, revelou que tem medo ou de errar, ou de fazer uma pergunta desinteressante. Apesar disso, Mano Brown afirma que se expor na apresentação do podcast é um preço que vale a pena pagar para se comunicar com as pessoas da periferia. “Tudo isso é muito legal, mas se o moleque não entender, não serve para nada”, afirmou.

Ele diz ainda que se surpreendeu com a aceitação do público. “Entrei nesse projeto para fazer o meu melhor e sabia que, se eu conseguisse ser eu mesmo, poderia render algo bom. Fazer as pessoas te ouvirem é uma mágica e você consegue isso com assuntos que sejam úteis para a vida das pessoas. A primeira temporada do Mano a Mano foi um aprendizado e uma superação também. E foi gratificante descobrir que tem uma juventude que está querendo ouvir e interagir.”