Motoboys ameaçam parar serviço de entrega em todo o estado de São Paulo

Categoria quer mais tempo para se adequar às novas regras de segurança do Denatran, cuja entrada em vigor já foi adiada duas vezes

Motoboys protestam na avenida 23 de Maio (Foto: Nelson Antoine/Fotorema/Folhapress)

São Paulo – Cerca de mil motoboys fizeram um protesto na manhã de hoje (1°) em São Paulo contra o fim do prazo para adequação às novas regras de segurança, que passam a vigorar a partir de amanhã (2). Eles querem a prorrogação do período para o cumprimento das medidas editadas pelo Conselho Nacional de Trânsito (Conatran). O cortejo de motos teve início na Avenida dos Bandeirantes, na zona sul, por volta das 11h, e seguiu pela 23 de Maio até a Paulista.

Caso o prazo não seja revisto, os trabalhadores prometem paralisar o serviço de entrega no estado. Só na capital são cerca de 200 mil profissionais, de acordo com o Sindicato dos Motoboys de São Paulo (Sindimotos). No estado, são 500 mil. “O Denatran precisava fazer um levantamento do cenário nacional. Tem cidade que nem conhece as regras. São Paulo tem o melhor quadro, apesar de toda a deficiência”, afirmou o presidente do sindicato, Gilberto Almeida Gil.

A entrada em vigor das novas normas, editadas em 2009, já foi adiada por duas vezes.

Gil destacou que 32 mil trabalhadores no estado fizeram o curso especializado para motofretistas e mototaxistas. 

“Esse é o primeiro passo para a regulamentação”, informou. A principal dificuldade, na avaliação do sindicalista, é o pequeno número de vagas nas instituições credenciadas a prestarem o curso. “Eram 24 e credenciaram mais 17, mas ainda assim não é suficiente. Além disso, o curso é pago. Tem motoboy que tem dificuldade de pagar R$ 200”, declarou. A nova regra exige ainda a instalação de equipamentos de segurança.

O motociclista que descumprir as regras estará sujeito às penalidades previstas no Código de Trânsito Brasileiro, que pode chegar à multa de R$ 191,54, apreensão da motocicleta e até suspensão da carteira de habilitação, dependendo da infração.

Com informações da Agência Brasil