Jovem denuncia violência da PM durante protestos contra aumento de tarifa
A estudante de ciências sociais Roberta Marcondes Costa registrou boletim de ocorrência contra a violência policial. Roberta foi ferida por balas de borracha durante protestos contra o reajuste da tarifa […]
Publicado 08/01/2010 - 19h00
A estudante de ciências sociais Roberta Marcondes Costa registrou boletim de ocorrência contra a violência policial. Roberta foi ferida por balas de borracha durante protestos contra o reajuste da tarifa de ônibus em São Paulo, dentro do Terminal Parque D. Pedro. “Os policiais não deixaram a gente panfletar dentro do terminal, e começaram a atirar. Enquanto eu corria o policial continuou atirando, me acertou três tiros, um na coxa, um no braço e outro na região das nádegas.”
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De acordo com Thais Carrança, integrante da Rede Contra o Aumento da Tarifa, a estudante não foi a única ferida na manifestação. “Soubemos que uma jovem, menor de idade, sofreu um corte na cabeça e teve de ficar em observação no hospital na noite de ontem; outro manifestante foi atropelado durante a passeata, mas já está em casa e passa bem”, relatou.
Na quinta-feira (7), cerca de 600 manifestantes percorreram as ruas do centro de São Paulo de forma pacífica, com apitos, faixas e palavras de ordem protestando contra a decisão do prefeito Gilberto Kassab (DEM) de elevar o preço da passagem de R$ 2,30 para R$ 2,70 a partir do dia 4. Nas proximidades do Terminal Parque D. Pedro os manifestantes foram recebidos pela polícia militar com bombas de gás e spray de pimenta.
A reportagem da Rede Brasil Atual presenciou a detenção de vários manifestantes. Quatro deles acabaram encaminhados ao 1º DP, um era menor de idade. Em seus depoimentos dois estudantes relataram ter sofrido violência policial. O advogado Lucas Costa Santos informou que após a liberação os dois seriam levados ao Instituto Médico Legal para realizar exame de corpo de delito.
A Rede de Luta Contra o Aumento afirmou que continuará com as manifestações. Neste domingo (10) fará reunião para discutir propostas e definir as próximas atividades (às 15h, no espaço Ay Carmela, rua das Carmelitas, 140, Sé). E na próxima quinta, às 17h estão previstos novos protestos em frente ao Teatro Municipal.