Alvo da vez, ministro das Cidades diz que não irá ‘tropeçar na ética’

Mário Negromonte, ministro das Cidades, nega estar envolvido em esquema de corrupção (Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil) São Paulo – Alvo prioritário das denúncias da mídia contra integrantes do primeiro […]

Mário Negromonte, ministro das Cidades, nega estar envolvido em esquema de corrupção (Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)

São Paulo – Alvo prioritário das denúncias da mídia contra integrantes do primeiro escalão do governo da presidenta Dilma Rousseff nos últimos dias, o ministro das Cidades, Mário Negromonte, voltou a negar envolvimento em suposto pagamento de propina na pasta. Ele disse nesta quinta-feira (25) que não irá “tropecar na ética de fazer política” e enalteceu a atuação de Dilma na gestão do dinheiro público.

“Tudo (o que fiz como ministro é) permitido (pela lei), senão não estaria aqui”, disse o ministro a jornalistas. Ele participou da abertura de seminário da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), em São Paulo.

Na edição desta semana da revista Veja foi publicada acusação de que o ministro teria articulado oferta de propina a membros do PP, partido pelo qual foi indicado ao cargo. O objetivo seria garantir apoio político em uma disputa interna. Nesta quinta (25), o jornal O Estado de S. Paulo traz acusação de desvios de recursos públicos da Câmara dos Deputados, em 2010, para pagamento de despesas de uma companhia aérea ao término da campanha eleitoral.

Após a demissão de Wagner Rossi do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na semana passada, Negromonte passou a ser o principal alvo de reportagens com acusações. Antes de Rossi, o também peemedebista Pedro Novais, do Turismo, viu sua pasta devassada por uma operação da Polícia Federal. Denúncias motivaram a saída do senador Alfredo Nascimento (PR-AM) dos Transportes.

Além dos ministros, dezenas de funcionários do segundo escalão foram exonerados por causa de acusações e suspeitas. A reação do governo vem sendo taxada como “faxina” no governo, embora Dilma e outros representantes do Executivo neguem que as intervenções tenham esse caráter.

Ainda durante o discurso no seminário, Negromonte disse: “Aqui e acolá, a gente tropeça em uma palavra e em uma frase, mas jamais irei tropeçar na ética de fazer política, na seriedade da transparência e na honestidade”. Ele ainda afirmou sentir-se honrado em integrar a equipe de Dilma. “Tem de ser bom maratonista para arrancar dinheiro do governo federal. Ela (Dilma) tem o foco técnico, tem o mapa do Brasil na cabeça e vai surpreender pela capacidade de gestão.”

 Com informações da Agência Brasil