São Paulo – A prefeitura de São Paulo adiou a decisão sobre o aumento da tarifa de ônibus no município. Segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB), o tema deve ser discutido também em nível estadual e federal, especificamente sobre a questão da gratuidade para idosos.

Assim, pelo menos no mês de janeiro a tarifa se mantém em R$ 4,40. Nesta semana, a São Paulo Transporte (SPTrans), que gerencia o sistema na capital, e a Secretaria Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana apresentaram estudo propondo aumento para R$ 5,10, o que corresponderia a um reajuste de 15,9%, pela inflação dos dois últimos anos.

Nunes aguarda definição do Congresso para a votação de um auxílio federal voltado aos transportes coletivos, sobre gratuidade aos idosos. Ele disse ter recebido informação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que o projeto entrará na pauta em fevereiro, no retorno do recesso parlamentar.

Volume de passageiros

“Tendo em vista isso e que o Senado retorna só em fevereiro, nós vamos manter a tarifa sem aumento até uma decisão do Senado e poder ir daqui até lá ir avaliando”, afirmou, segundo o Diário do Transporte. “Tem um ingrediente importante desse processo, que é o volume de passageiros. Se a gente tiver aumento no volume de passageiros, aumenta a arrecadação e a gente diminui o subsídio. É um conta bastante complexa, mas hoje a decisão da prefeitura de São Paulo é de não fazer o aumento, aguardar o posicionamento do Senado Federal.”

Além disso, segundo ele, a decisão será tomada em conjunto com o governo estadual. As tarifas de ônibus costumam ser reajustadas no mesmo valor que é cobrado pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e pelo Metrô. O prefeito disse ter conversado a respeito com o governador em exercício, Rodrigo Garcia. A SPTrans projeta 7,75 milhões de passageiros transportados em ônibus por dia útil em 2022. Em 2019, eram 8,87 milhões.