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São Paulo pode ter parquímetros eletrônicos para regular estacionamento nas ruas

Licitação para escolha das fornecedoras de equipamentos e da administradora do sistema deve ser publicada até o final de janeiro

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Novo projeto de cobrança por estacionamento em via pública pretende substituir atuais zonas azuis de SP

São Paulo – A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) vai instalar parquímetros eletrônicos na capital paulista para modernizar o sistema de cobrança de estacionamento Zona Azul. Com o novo modelo o motorista registrará a hora do estacionamento no equipamento e pagar apenas pelo período utilizado.

No atual modelo, é preciso adquirir uma ou mais folhas do talão Zona Azul, preencher manualmente a hora e a data em que estacionou o veículo na via urbana. Cada folha vale uma hora, mas se o usuário utilizar apenas 20 minutos, perde o tempo restante. O sistema utiliza talões adquiridos em drogarias, postos da São Paulo Transportes, bancas de jornais e casas lotéricas.

O novo modelo também pode acabar com a venda de cartões por flanelinhas, que chegam a cobrar o triplo do valor unitário da Zona Azul (R$ 3).

No dia 20 de janeiro será realizada uma audiência pública para abrir o processo licitatório e apresentar a proposta, na sede da CET, na Barra Funda, região central da cidade. Ainda não há data definida para a publicação do edital.

O sistema será administrado por meio de concessão, sendo escolhida uma empresa para gerir os equipamentos e outras para fornecê-los. O modelo dos parquímetros, se digital ou com impressão de boletos, e a forma de pagamentos serão definidos no edital.

Atualmente, São Paulo conta com 36.711 vagas de estacionamento do tipo Zona Azul, sendo 32.586 vagas para veículos comuns; 1.350 vagas exclusivas para caminhões; 795 vagas para deficientes físicos, 1.808 vagas exclusivas para idosos e 172 de fretamento. Os talões são vendidos à R$ 3 a folha unitária ou R$ 28 o talão com dez folhas.

Os parquímetros já são usados em outras cidades no país, como Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, São João da Boa Vista e outras do interior de São Paulo, além de em alguns pontos do ABC paulista. O equipamento é largamente usado em países da Europa.

Em 2003, na gestão da prefeita Marta Suplicy (PT), a Justiça suspendeu o processo licitatório para implementação de um sistema desse tipo na cidade.Em 2006, já com Gilberto Kassab (PSD) na prefeitura, foi implantado um projeto piloto com pagamento por celular, que teve baixa adesão e foi encerrado logo depois.