Rio: regiões com unidades de Polícia Pacificadora atraem setor imobiliário

Rio de Janeiro – O diretor executivo do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Rio de Janeiro (Sinduscon/RJ), Antonio Carlos Mendes Gomes, afirmou que a implantação de unidades de […]

Rio de Janeiro – O diretor executivo do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Rio de Janeiro (Sinduscon/RJ), Antonio Carlos Mendes Gomes, afirmou que a implantação de unidades de Polícia Pacificadora  (UPP) nas comunidades carentes do estado tem contribuído para estimular o setor imobiliário.

“Isso já está ocorrendo nas áreas onde as UPPs estão implantadas e se consolidando. A reação tem sido imediata, com renovação do interesse da população por aqueles espaços que haviam sofrido grandes desvalorizações. Então, sem dúvida nenhuma, o efeito é direto”, comentou.

A importância das UPPs no mercado imobiliário é o tema do debate que o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado do Rio (Creci/RJ) promove a partir desta terça-feria (14) no 1º Fórum de Segurança e Mercado Imobiliário.

As regiões onde atuam as UPPs despertam o interesse do empresariado da construção civil, disse o diretor. “Pelas áreas fronteiriças, do entorno  dessas regiões”. Ele citou o exemplo dos bairros de Botafogo, onde foi implantada a primeira unidade, no Morro Santa Marta, e da Tijuca, onde os terrenos próximos às áreas favelizadas haviam sofrido grandes desvalorizações de mercado. “E voltaram rapidamente [a ser valorizados] com a implantação das UPPs. A influência é direta, sim”.

Segundo Gomes, a ação pacificadora da polícia abre para a indústria da construção civil espaços novos, “em que já não se apostava mais como viáveis. A reação tem sido rápida”.

Para o diretor, a tendência é de construção de unidades voltadas para a baixa renda. “Chamaríamos de padrão econômico”. Ele lembrou que o  programa federal Minha Casa, Minha Vida estabelece limites de imóveis de até R$ 130 mil, “que são adequados para ocupação nessas áreas”.