em brasília

Representantes de governos lançam Fórum Nacional de Gestores de Direitos Humanos

Trinta representantes de municípios, estados e da federação assinaram a 'Carta de Brasília dos Direitos Humanos', que reafirma avanços sociais e participação social

Claudio Fachel/sdh

Sottili: “Esperamos criar uma sinergia para aprofundar a gestão de direitos humanos”

São Paulo – Representantes de governos das esferas municipal, estadual e federal lançaram ontem (25), em Brasília, o Fórum Nacional de Gestores de Direitos Humanos (FNDH). O evento contou com a presença do secretário especial de Direitos Humanos, Rogério Sottili, da ministra das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, Nilma Lino Gomes, e do secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, Eduardo Suplicy.

Como resultado da primeira reunião do fórum, os presentes assinaram a “Carta de Brasília dos Direitos Humanos”. O texto do documento, além de oficializar a reunião, reafirmou os “avanços dos direitos humanos no Brasil, da participação social, da promoção e defesa dos direitos individuais, sociais, coletivos e difusos”.

Nilma afirmou que este é o momento oportuno para a definição de estratégias conjuntas para pensar caminhos alternativos. “É necessário superar a cultura da violência”, disse. O lançamento da nova instância ocorreu durante o 2º Encontro Nacional de Gestores de Direitos Humanos. Sottili disse que a criação do fórum fortalece políticas públicas existentes e abre novos caminhos.

“Com esse fórum, esperamos definir uma articulação nacional para trocar experiências, informar o que estamos fazendo e criar uma sinergia que os apoiará no aprofundamento da gestão de direitos humanos nos estados e nos municípios”, afirmou o secretário. Cerca de 30 gestores públicos, estaduais e municipais de todo o país devem utilizar o fórum para formular, implementar e monitorar ações no campo dos direitos humanos.

Nilma destacou a importância da integração de agentes da área de direitos humanos no atual momento político, econômico e social do Brasil. “O país vive um momento sério e complexo marcado pela pressão e tentativas de retroceder conquistas sociais”, afirmou. Para exemplificar, citou o crescimento da intolerância religiosa, da discriminação contra cidadãos LGBT, da violência contra a juventude negra e do desrespeito aos idosos e deficientes.

“Essa articulação nos fortalece e vai nos ajudar a ver, garantir e reconhecer os avanços e conquistas e a não deixarmos de lado a nossa luta para superar as dificuldades. Vamos avançar na luta contra as violações de direitos humanos”, concluiu Nilma. Os gestores devem voltar a reunir o fórum no dia 12 de maio.