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Assassinato de Guilherme resulta em protestos na zona sul de São Paulo

Familiares de jovem suspeitam que policiais estão envolvidos no homicídio

@rbphotofilms / foconojardimmiriam
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Em protesto, moradores colocaram fogo em cinco ônibus, depredaram viaturas policiais e fecharam diversas ruas da região, com barricadas

São Paulo – O assassinato de Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, na madrugada do último domingo (14) revoltou a população da Vila Clara, na zona sul da capital paulista. A família do adolescente suspeita que a Polícia Militar está envolvida na morte do garoto.

Nesta segunda-feira (15), os moradores da região realizaram protestos contra o assassinato de Guilherme. Eles colocaram fogo em cinco ônibus, depredaram viaturas policiais e fecharam diversas ruas da região, com barricadas.

Segundo diversos relatos nas redes sociais, a PM revidou atirando bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo. Moradores denunciaram que policiais atiraram as bombas dentro de algumas casas. Além disso, vídeos publicados mostram PMs agredindo as pessoas que estavam andando pela rua.

Assassinato

À Ponte Jornalismo, um familiar de Guilherme contou como o menino desapareceu. Segundo ele, por volta da 1h30 de domingo, o jovem estava em frente ao portão da casa de sua avô, na rua Rolando Curti, na mesma Vila Clara, quando dois homens armados o renderam e o levaram.

A família só reconheceu o corpo como sendo de Guilherme na tarde de ontem, no IML Sul, localizado na Avenida Engenheiro Luis Carlos Berrini, no Brooklin.

Os familiares suspeitam que policiais militares mataram Guilherme. Onde ele foi visto pela última vez, foi encontrado um pedaço de pano semelhante à farda utilizada pela corporação com a inscrição “SD PM Paulo”.

Questionada sobre o homicídio, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, liderada pelo coronel João Camilo Pires de Campos no governo de João Doria (PSDB), afirmou que o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) comanda a investigação. “A Polícia Militar também acompanha a apuração. Se comprovada participação policial, medidas cabíveis serão adotadas”, afirma.