transformação

Projeto revoluciona relação entre homens e mulheres em comunidade do Rio

Morro dos Prazeres participou do projeto O Envolvimento dos Homens nas Comunidades, da Ong Promundo, com o objetivo de demonstrar que homens e mulheres têm direitos iguais

Ong Promundo/Reprodução

No Morro dos Prazeres, ao todo, 800 mulheres participaram de alguma atividade em grupo

São Paulo – O Morro dos Prazeres, localizado no centro do Rio de Janeiro, é uma comunidade aparentemente igual às outras, mas que passou por uma transformação nas relações entre os gêneros. A comunidade participou do projeto O Envolvimento dos Homens nas Comunidades. Com apoio do fundo para a igualdade de gênero da ONU Mulheres, a Ong Promundo envolveu no projeto homens e mulheres beneficiários do programa Bolsa Família, com o objetivo de demonstrar que todos têm direitos iguais.

Em entrevista à repórter da TVT Viviane Nascimento, o líder comunitário Orlando Dato testemunha os resultados do projeto. “Eu tenho colegas que chegam atrasados no futebol porque estão olhando o filho até a esposa chegar. Então, foi altamente transformador”, conta.

Em mais de três anos de trabalho, foram realizadas pesquisas para entender a dinâmica das relações entre os casais, encontros reflexivos, campeonatos de futebol para sensibilizar os homens e campanhas educativas com os moradores.

No Morro dos Prazeres, cerca de 70 homens que participaram do campeonato e das atividades reflexivas e, ao todo, 800 mulheres participaram de alguma atividade em grupo”, conta a coordenadora do Promundo, Vanessa Fonseca.

A segunda fase do projeto foi a capacitação de cerca de 500 profissionais do Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco que lidam diretamente com o público beneficiário do Bolsa Família, para que incluam a discussão de gênero em suas rotinas. A ideia é que eles sejam multiplicadores da experiência que deu certo no Morro dos Prazeres.

O Morro dos Prazeres foi um dos locais participantes da experiência desenvolvida em três estados brasileiros. “Nós não tínhamos a cultura de respeitar a mulher. Aqui, se a mulher trabalha fora, ela tem dois empregos, porque em casa é a doméstica, quase escrava. Então, passar para homens que nunca respeitaram mulher, que ele deve dividir tarefas, agir com equidade, foi muito novo”, diz Dato.

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