Parada Gay de São Paulo terá campanha contra os ‘infelicianos’

Direito LGBT

Cena da Parada GLBT paulistana: mais que festa, um ato político por reconhecimento de direitos

São Paulo – No domingo (2) ocorre a 17ª Parada do Orgulho LGBT , em São Paulo. Considerada a maior do gênero no mundo, a Parada do Orgulho Gay terá como tema este ano “Para o armário nunca mais”, com foco na luta contra o retrocesso dos direitos adquiridos pela comunidade LGBT até agora.

“Não aceitamos esse retrocesso e não voltaremos para a invisibilidade. É uma campanha contra os ‘infelicianos’ que estão no poder”, diz o presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT, Fernando Quaresma, em referência a Marcos Feliciano, deputado federal (PSC) que colocou na pauta da Comissão de Direitos Humanos da Câmara a votação do projeto chamado de “cura gay”.

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, Quaresma diz que um dos objetivos da Parada é dar visibilidade ao movimento LGBT e promover uma marcha contra a desigualdade social. “Ao passar dos anos, a sociedade aderiu e conseguimos  reunir milhões de pessoas nas ruas. Tivemos avanços, como o direito de estar no plano de saúde do parceiro, além da união civil e o casamento. Agora, caminhamos para ter uma lei anti-homofobia”, diz Quaresma, em referência ao Projeto de Lei 122/2006, proposto pela deputada Iara Bernardi (PT-SP), que prevê punição para crimes motivados por homofobia no país.

Além de reunir políticos como o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB), a parada deste ano contará com shows de Ellen Oléria e Daniela Mercury, que se tornou figura importante para o movimento LGBT após anunciar sua união com a jornalista Malu Verçosa. Daniela fará o show de encerramento da Parada.

A 17ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo começa a partir das 12h, na Avenida Paulista, de onde os manifestantes seguem até a Praça da República.

Ouça a entrevista na íntegra no link.