Até domingo

Na pele de um refugiado, no coração da cidade

Médicos Sem Fronteiras promove mostra que descreve como é a vida em campos de refúgio

Exposição do MSF fica neste sábado e dominho no Parque Lage (Fotos: Brendan Bannon/MSF/Divulgação) <span></span>Exposição do MSF fica neste sábado e dominho no Parque Lage (Fotos: Brendan Bannon/MSF/Divulgação) <span></span>Exposição do MSF fica neste sábado e dominho no Parque Lage (Fotos: Brendan Bannon/MSF/Divulgação) <span></span>

O relatório anual Tendências Globais, lançado no final do primeiro semestre pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) apontou que no final de 2012 mais de 45,1 milhões de pessoas estavam em situação de deslocamento, sendo 15,4 milhões de refugiados, 937 mil solicitantes de asilo e 28,8 milhões obrigados a fugir dentro das fronteiras de seus próprios países.

São milhões de pessoas que, diante do medo e da insegurança, tiveram de deixar suas vidas para trás em busca de um lugar mais seguro. Muitas vezes, esses deslocados encontram abrigo em acampamentos provisórios onde recebem ajuda humanitária para se alimentar e receber cuidados de saúde até que, de alguma forma, possam retomar o curso de suas vidas.

Na exposição Campo de Refugiados no Coração da Cidade, que fica em cartaz até 13 de outubro no Parque Lage, no Rio de Janeiro, o visitante vai conhecer de perto como é essa difícil realidade dos acampamentos. Realizada pelo Médicos Sem Fronteiras (MSF), a mostra apresenta, a partir de visitas guiadas, como os profissionais desta organização oferecem assistência humanitária e em que condições os refugiados chegam e vivem nesses lugares.

Nem sempre os refugiados encontram nos campos tendas prontas para se proteger do sol, da chuva e dos ventos. Às vezes, os acampamentos estão lotados e lhes resta apenas a possibilidade de dividir um pequeno espaço com outras famílias ou construir suas próprias tendas a partir dos materiais distribuídos pelas ONGs.

Para a psicóloga Paula Orsi, a exposição possibilita ao visitante sentir um pouco da intensa realidade dos refugiados e dos profissionais que atendem nos campos. “Eu acho que esse projeto de poder mostrar para as pessoas como é um acampamento de refugiados, como é essa vivência, como é difícil, como precisa de coragem e como isso se desenvolve pode ser uma experiência muito rica para conseguir se colocar nessa posição”, afirma a profissional que em 2010 fez sua primeira missão junto ao MSF no Dadaab, no Quênia.

Assista a um dos vídeos de apresentação da exposição.

Campo de Refugiados no Coração da Cidade
Quando: Até 13 de outubro, das 9h às 16h
Onde: Parque Lage, no Platô, atrás da Escola de Artes Visuais, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro
Quanto: Grátis