#8M

Mulheres tomam as ruas para defender o fim da violência, do fascismo e por mais igualdade

Mulheres se levantam em mais de 30 cidades do país neste #8M, contra a violência, por igualdade e pela não anistia aos golpistas

Junior Lima @xuniorl
Junior Lima @xuniorl
Atos tiveram eixos ligados à defesa da democracia e contra o fascismo, e pediram que não haja anistia para golpistas

São Paulo – Movimentos voltaram às ruas das principais cidades do país em atos unificados do Dia Internacional da Mulher. As marchas do #8M tomaram ruas de capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Vitória, Belo Horizonte, Salvador, entre outras. Mais de 30 cidades realizaram atos. É a primeira passeata referente à data desde o início do surto de covid-19 no país, em 2020. Neste ano, elas apresentaram o lema “Basta de feminicídio e violência contra as mulheres do campo, da cidade e da selva”.

Também é o primeiro 8 de Março após quatro anos de governo Bolsonaro – por isso, a luta contra o fascismo também entrou na pauta das mulheres. Além da defesa da vida, os atos tiveram eixos ligados à defesa da democracia e contra o fascismo, e pediram que não haja anistia para golpistas. Após a derrota do bolsonarismo nas urnas, instigados pelo ex-presidente, criminosos chegaram a invadir os prédios dos três poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro.

No Rio de Janeiro, o ato começou às 16h na Candelária. Depois, elas marcharam em direção à Cinelândia, no centro da cidade. Em São Paulo, o ato foi no vão livre do Masp, na avenida Paulista. A área recebeu ações voltadas às mulheres durante todo o dia. Em Belo Horizonte, no mesmo horário, as mulheres se reuniram na Praça da Liberdade.

Mulheres falam

Presente na avenida Paulista, a codeputada estadual Carolina Andrade, da Bancada Feminista do Psol, reforçou a relevância da data e da luta. “É importante que nós trans e travestis estejamos aqui como protagonistas também, não só em cargos legislativos”. A vereadora da capital Luna Zarattini (PT) também falou sobre a luta feminista. “Este 8 de março é marcado pela luta das mulheres. Por emprego, renda, democracia e direitos. Sem anistia para os golpistas. Seguiremos ocupando ruas e bairros na luta pelo aprofundamento de direitos. Pela vida das mulheres e por democracia.”

Já no Rio, as ativistas colaram sobre uma placa da avenida Rio Branco um adesivo com o nome de Kathlen Romeu, jovem morta pela polícia em junho de 2021. Veja destaques dos atos pelo país a seguir.