MST faz marcha para denunciar prejuízos do agronegócio em SP

São Paulo – Aproximadamente 400 trabalhadores rurais sem-terra fazem uma marcha na cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, nesta quinta-feira (10). A manifestação marca o dia internacional de […]

São Paulo – Aproximadamente 400 trabalhadores rurais sem-terra fazem uma marcha na cidade de Araraquara, no interior de São Paulo, nesta quinta-feira (10). A manifestação marca o dia internacional de luta pelos direitos humanos. Os manifestantes vão caminhar até a porta da sede da Cutrale. A empresa controla 30% do mercado de laranja mundial.

Um dos coordenadores do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Paulo Freire, explicou o motivo do ato.

“Para fazer a denúncia da apropriação privada dos recursos naturais por parte dessa empresa, recursos naturais como a água. A poluição do Córrego Rio D’Ouro que fica em Araraquara, além da apropriação privada de terras públicas da União comprovadamente.”

Esse é o caso de três mil hectares que estão nas mãos da Cutrale em Iaras, município também do interior de São Paulo, onde os sem-terra fizeram uma ocupação em outubro.

Para Freire, a Cutrale é símbolo dos prejuízos que o agronegócio causa à população. Os sem-terra acusam o agronegócio de se manter a custa de trabalho terceirizado mal pago e de não responder pelas obrigações trabalhistas.

Segundo o último censo do IBGE, enquanto o agronegócio contrata 3,5 milhões de trabalhadores, a agricultura familiar emprega 13 milhões.

Fonte: Radioagência NP