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Movimentos por moradia acampados no centro de SP esperam reunião com Berzoini

Manifestantes reivindicam diálogo com ministro da Secretaria do Governo para retomada imediata do programa Minha Casa, Minha Vida 3

UMM-SP/Evaniza/Reprodução/Facebook

Os líderes dos movimentos têm buscado interlocução com os ministérios da Secretaria de Governo, Planejamento e Cidades

São Paulo – Aproximadamente 300 pessoas estão acampadas desde ontem (5) na Praça da Sé, no centro de São Paulo, em frente ao prédio da Caixa Econômica Federal. Os manifestantes reivindicam a retomada do programa Minha Casa, Minha Vida 3, do governo federal. De acordo com informações da Central de Movimentos Populares (CMP-SP), o ministro da Secretaria do Governo, Ricardo Berzoini, deve receber entidades entre hoje e amanhã. Até o momento, a assessoria do ministro não confirmou o encontro.

A organização dos movimentos por moradia encontraram um impasse para a definição de uma mesa de diálogo. “Como houve a reforma ministerial, entendemos que quem deva assumir isso é o Ricardo Berzoini. Pedimos uma audiência para que possam receber nossa comissão”, informou Evaniza Rodrigues, integrante do União dos Movimentos de Moradia de São Paulo (UMM).

Berzoini foi empossado como ministro da Secretaria do Governo ontem, pela presidenta Dilma Rousseff. Até então, os movimentos de moradia mantiveram uma mesa de diálogo permanente com o governo federal. A expectativa é de manutenção do contato. “Esperamos que Berzoini possa assumir a conversa com os movimentos e também possa articular demais áreas do governo”, diz Evaniza.

Além da reivindicação relativa ao início imediato do Minha Casa, Minha Vida 3, os manifestantes defendem a reavaliação nos cortes do orçamento de 2016 e a suspensão da alienação dos terrenos da União, colocados à venda por medida provisória. “Queremos que essas terras sejam repassadas para habitação popular”, explica Raimundo Bonfim, coordenador geral da CMP-SP.

Ainda hoje, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, informou que cerca de 30 mil famílias ainda devem ser assentadas este ano. O orçamento pode reforçar – mas sem garantia – o programa Minha Casa, Minha Vida Rural, como explica Evaniza. “A verba de implantação dos assentamentos vem de outra rubrica. Ela pode ou não incluir moradias, entrando ou não em nossas reivindicações.”

Participam da ocupação militantes da CMP, União dos Movimentos de Moradia de São Paulo (UMM-SP), Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Movimento de Luta dos Bairros e Favelas (MLB), União Nacional por Moradia Popular (UNMP) e o Fórum Nacional de Reforma Urbana (FNRU).