Mobilidade Urbana

Moradores do Butantã realizam terceiro ato contra o corte da linha Jardim Miriam

Elza Fiúza/Agência Brasil A Vila Gomes tem o Setor Censitário com segundo maior número de idosos, o corte da linha afetou a população São Paulo – O Movimento Volta Jardim […]

Elza Fiúza/Agência Brasil

A Vila Gomes tem o Setor Censitário com segundo maior número de idosos, o corte da linha afetou a população

São Paulo – O Movimento Volta Jardim Miriam realizou ontem (27), pela terceira vez, um ato no Butantã, zona oeste da capital paulista, reivindicando que a prefeitura de São Paulo reveja o corte da linha 577T/10 Jardim Miriam/Vila Gomes. Cortada há cinco meses, a linha realizava percurso da avenida Corifeu à avenida Paulista.

Em outubro do ano passado, o Movimento Volta Jardim Miriam entregou um abaixo assinado para a subprefeitura do Butantã. Em janeiro deste ano, encaminhou para o Ministério Público Estadual (MPE), com quase quatro mil assinaturas, outro abaixo assinado.

Integrante do movimento,  João Vitor Pavezi afirma que os manifestantes estiveram, na semana passada, em debate público com o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tato. Ele conta que o secretário demonstrou “disposição em conversar sobre rever esse corte”. A afirmação foi feita hoje (27), em entrevista à Rádio Brasil Atual.

Pavezi alega que foram enviados documentos para a Secretaria Municipal de Transporte, no mínimo, cinco vezes, e para a SPTrans também. “A ideia é fazer essa pressão no poder público. Enquanto não vir aqui nos ouvir, vamos continuar fazendo manifestação de rua”.

Além disso, João explica que as alternativas para realizar o trajeto que a linha 577T/10 fazia são precárias. A população deve pegar dois ônibus, que superlotaram devido a transferência de passageiros do Jardim Miriam, ou utilizar o metrô, o que aumenta o custo da viagem para R$ 4,65 reais. “O metrô Butantã está muito saturado, porque ele é o extremo de uma região que não tem metrô”.

Segundo o IBGE, a Vila Gomes tem o setor censitário paulistano com o segundo maior numero de idosos. Cerca de dez mil idosos vivem na região, como é o caso de Ioko Moraé, de 72 anos, que mora no Butantã há 20 anos, e faz tratamento no hospital das clínicas. “Eu tomava o Jardim Miriam aqui perto da minha casa e, em vinte minuto, estava no hospital. Agora, demoro mais de 40 minutos”.

Dona Maria do Carmo de Freitas tem 66 anos e também vive no Butantã. Ela explica que realiza tratamento no hospital do Rim e Hipertensão, próximo a estação de metrô Santa Cruz. A linha 577T/10 realizava o percurso da casa dela até o hospital em uma hora. Com o corte, Maria deve pegar um ônibus até o metrô Butantã, fazer três baldeações e pegar outro na estação Santa Cruz, o que demora quase duas horas.

Ouça a reportagem da Rádio Brasil Atual: