Direitos Humanos

Ministros de FHC, Lula e Dilma se unem contra redução da maioridade penal

Analista político da Rádio Brasil Atual, que foi ministro no governo Lula, integra esforço suprapartidário para barrar agenda conservadora

Agência Câmara

Manifestantes protestaram contra a medida durante comissão especial

São Paulo – O atual ministro de Direitos Humanos, Pepe Vargas, as ex-ministras da pasta durante o governo Dilma, Ideli Salvatti e Maria do Rosário, junto com Nilmário Miranda e Paulo Vannuchi (governo Lula), além de Paulo Sérgio Pinheiro, José Gregori e José Saboya (governo FHC) participam de um debate sobre a redução da maioridade penal e para assinatura de um documento conjunto firmando posição contrária.na tarde de hoje (30), no centro universitário da USP da rua Maria Antônia, no centro de São Paulo,

A iniciativa de organizar o evento é de Paulo Sérgio Pinheiro, e foi classificada de ‘genial’ por Vannuchi, em seu comentário à Rádio Brasil Atual na manhã de hoje. O debate lembra evento semelhante realizado em 2011, quando ministros se uniram para pedir “empenho, apoio e rapidez” na aprovação do projeto de lei que criava a Comissão Nacional da Verdade, para investigar as violações cometidas durante a ditadura civil-militar (1964-1985) no país.

Vannuchi destacou a importância de iniciativas do tipo, por agregar pessoas ligadas ao PT e ao PSDB, contornando a tradicional polarização, em temas sensíveis. “Em defesa dos direitos da criança, não tem cabimento os partidos se oporem. É preciso construir uma espécie de ponte por sobre os partidos”, disse, incluindo questões como a revisão do Estatuto do Desarmamento e a defesa das terras indígenas, como temas que merecem também um esforço suprapartidário.

Vannuchi disse que há um esforço geral para convencer o Judiciário brasileiro a entrar em cena para fazer respeitar o estado democrático de direito.

“Para o Brasil que pensa, para o Brasil que quer democracia, que quer respeito aos direitos humanos é hora de dizer não à redução da maioridade penal, assim como os trabalhadores estarão nas ruas amanhã (1º) para rejeitar o projeto da terceirização.”

Ouça o comentário completo na Rádio Brasil Atual: