São Paulo – Os municípios têm um mês para recadastrar 619 mil das 13 milhões de famílias do Cadastro Único do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) do governo federal. São famílias há mais de dois anos sem atualizar dados do cadastro. A Bahia é o estado com maior número de famílias que correm riscos de perder direito ao benefício. Caso elas não sejam localizadas ou não informem os dados corretamente até 30 de dezembro, a suspensão passa a valer a partir de janeiro de 2012.

Segundo o MDS, no começo de 2011, eram 1,3 milhão de famílias com cadastro desatualizado, mas mais da metade foi localizada. Em maio de 2011, uma lista unificada de famílias que precisavam ter informações verificadas foi divulgada, com prazos específicos. A unificação é voltada a organizar e otimizar o trabalho dos municípios. Campanhas publicitárias em redes de TV e de rádio vão ser promovidas para divulgar a necessidade de atualização.

Na Bahia, são 67 mil famílias espalhadas pelo estado. Depois, aparece São Paulo, com 65,5 mil famílias nessa condição. Os nove estados da região Nordeste somam 308,2 mil famílias com dados desatualizados.

A cada dois anos os dados precisam ser atualizados conforme prevê um decreto de 2007 (6.135). A medida visa a garantir que mudanças de endereço ou de faixa de renda, além da matrícula dos filhos para acompanhamento de frequência escolar e composição familiar são informações obrigatórias. Isso é necessário para assegurar que apenas famílias de renda per capita de até R$ 140 sejam atendidas.

Para atualizar os dados, os municípios devem acessar a lista eletronicamente no sistema de gestão do Bolsa Família (o procedimento está na página do MDS). Cabe ainda às prefeituras promover visitas domiciliares.