Liberdade

Estudante acusado de agredir coronel da PM durante manifestação é solto

Perícia feita a pedido da defesa de Paulo Henrique dos Santos aponta que ele não participou das agressões. Jovem continua sendo processado

Fotoarena/Folhapress

Sem máscara: Paulo Henrique foi fotografado ao lado das agressões. Imagens não registram golpes do estudante

São Paulo – O universitário Paulo Henrique dos Santos, de 22 anos, teve a prisão revogada e foi posto em liberdade às 18h15 de hoje (7). Ele estava preso desde 25 de outubro no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, sob acusação de ser um dos agressores do coronel da Polícia Militar de São Paulo Reynaldo Simões Rossi, comandante do policiamento da área Centro, durante a manifestação de encerramento da Semana Nacional de Luta pelo Transporte Público, no último dia 25.

Rossi teve a clavícula quebrada no episódio, que ocorreu próximo ao Terminal Parque Dom Pedro, na região central.Apesar da liberdade, Paulo Henrique continua sendo processado.

Nas fotos e nos vídeos usados pela polícia para justificar a prisão, Paulo Henrique é o único que está sem máscara. Mas uma perícia feita a pedido da defesa do jovem aponta que ele estava em torno da cena da agressão, mas não participou do ato. O estudante foi indiciado por tentativa de homicídio. “Agora ele vai acalmar a família dele, descansar bastante”, disse o advogado Alexandre Martins, que faz a defesa do universitário.

Paulo Henrique era o único que permanecia preso depois do protesto. Na ocasião, cerca de 80 pessoas foram levadas para três delegacias para serem averiguadas, entre elas vários menores de idade.

O comandante estava sozinho em meio aos manifestantes, foi cercado e teve a arma roubada. Um policial à paisana, o chamado P2, precisou empunhar uma arma para auxiliá-lo. Depois da agressão, a polícia reprimiu violentamente a manifestação usando bombas de gás lacrimogêneo em vários pontos do centro da capital, mesmo após o encerramento do ato.

Instrumentos musicais usados pela Fanfarra MAL, grupo que acompanha as manifestações organizadas pelo Movimento Passe Livre, chegaram a ser quebrados, e os músicos, presos.