Racista do Ano

Deputado ruralista recebe ‘prêmio’ da Survival International

Reprodução Heinze, da Frente Parlamentar da Agropecuária, classificou quilombolas, índios e gays como ‘tudo que não presta’ São Paulo – A Survival International, organização que trabalha pelos direitos dos povos indígenas […]

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Heinze, da Frente Parlamentar da Agropecuária, classificou quilombolas, índios e gays como ‘tudo que não presta’

São Paulo – A Survival International, organização que trabalha pelos direitos dos povos indígenas em todo o mundo, concedeu ao deputado federal Luís Carlos Heinze o prêmio de Racista do Ano, por discurso de intolerância aos povos indígenas, quilombolas e aos homossexuais, proferido em novembro de 2013 durante uma audiência pública da Comissão de Agricultura da Câmara na cidade de Vicente Dutra, no Rio Grande do Sul.

Na ocasião, o deputado, que é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, classificou quilombolas, índios, gays e lésbicas como “tudo o que não presta”. A Survival cita ainda o deputado Alceu Moreira, que na mesma reunião fez discurso para estimular que agricultores invistam em segurança armada para expulsar indígenas do que consideram ser suas terras.

O prêmio é em comemoração ao Dia Internacional de Luta Pela Eliminação da Discriminação Racial, reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e celebrado no dia 21 de março.

O jornal peruano Correo, que chamou indígenas de “selvagens” e “primitivos”, e o jornal paraguaio La Nación, que comparou índios ao câncer e os chamou de “sujos”, já receberam o título em anos anteriores.

Uma representação foi protocolada na Procuradoria-Geral da República (PGR) no dia 27 de fevereiro, com o pedido de que Heinze e Moreira sejam investigados por racismo e outros crimes tipificados no código penal.

Leia a íntegra no site do Conselho Indigenista Missionário