violência contra mulher

Reformada e ampliada, Casa Eliane de Grammont é reaberta em São Paulo

Além de serviço multidisciplicar, local também oferece a formação e conscientização sobre desigualdade de gênero através de palestras

Roberto Parizotti/SECOM CUT

Casa Eliane de Grammont, inaugurada na década de 1990, passou por ampliação e renovação na pintura

São Paulo – A Centro de Referência à Mulher Casa Eliane de Grammont foi simbolicamente reaberta na quinta-feira (29). Inaugurada na década de 1990, presta serviço multidisciplinar, tendo em vista a administração do cotidiano e superação da situação de violência, como atendimento jurídico e psicológico.

A reabertura da casa – que possui o nome da à cantora Eliane de Grammont morta a tiros em 1981 pelo seu ex-marido, o cantor Lindomar Castilho – contou com a presença das secretárias de Políticas para Mulheres (SPM) do governo federal, Eleonora Meniccuci e da prefeitura de São Paulo, Denise Mota Dau, e da secretária de Mulheres Trabalhadoras da CUT, Junéia Martins.

A Casa passou por uma ampliação, com renovação na pintura e decoração. Para a representante da CUT, o clima da casa passa um sentimento de proteção. “Essa Casa representa um pedacinho de oásis, dá tranquilidade. É como se você entrasse daquele portão pra dentro e se sentisse mais segura.”

Segundo Maura Secco, coordenadora da instalação, atualmente, o local trata cerca de 200 mulheres. “Os tratamentos não têm data para acabar, são de acordo com a realidade de cada mulher.”

A Casa também oferece a formação e conscientização sobre desigualdade de gênero através de palestras. Para Eleonora, a questão do enfrentamento à violência contra mulheres é uma das pautas prioritárias. “Não podemos aceitar mais que mulheres sejam agredidas, estupradas e mortas pelos homens em pleno século 21.”

A diretora do Instituto Patrícia Galvão, Jacira Melo, afirma que o local é um símbolo de política pública no campo do acolhimento e da solidariedade às mulheres. “Eu sempre digo que uma mulher quando sofre violência precisa, acima de tudo, ser acolhida, assistida e orientada.”

Um edital municipal para a construção de uma Casa de Passagem foi lançado na quinta-feira. A secretária municipal de Políticas Para Mulheres destaca que o local será uma inovação de acolhimentos às mulheres. “Nós estamos passando por um momento de ampliação dos serviços especializados. A Casa de Passagem funcionará 24 horas por dia, uma inovação nas políticas públicas de atendimento que facilita o atendimento com qualidade para as mulheres da nossa cidade.”

A Casa fica na Rua Dr. Bacelar, 20, Vila Clementino, zona sul e São Paulo.

Com informações da CUT