Trabalhadores marcham em Brasília por 10% do PIB para educação e garantia de direitos

Os manifestantes fizeram uma avaliação positiva da recente greve dos servidores durante a marcha pela esplanada (Foto: Antônio Cruz. Agência Brasil) São Paulo – Mais de dez mil pessoas ocuparam […]

Os manifestantes fizeram uma avaliação positiva da recente greve dos servidores durante a marcha pela esplanada (Foto: Antônio Cruz. Agência Brasil)

São Paulo – Mais de dez mil pessoas ocuparam hoje (5) a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, pelo Dia Nacional de Mobilização da Central Única de Trabalhadores (CUT). A manifestação também engrossou a sexta Marcha Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública.

“Defendemos os 10% do PIB para a educação, o piso do magistério, carreira e aprovação do Plano Nacional de Educação, porque são medidas imprescindíveis para o desenvolvimento do país”, declarou Carmen Foro, dirigente da executiva nacional da CUT. O dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) Antonio Lisboa ressaltou que as greves dos servidores federais arrancaram bons resultados, dobrando a intransigência dos que se recusavam a negociar e diziam não ter recursos. “O caminho é esse, é botar a massa na rua para garantir direitos e ampliar conquistas. Com mobilização o dinheiro aparece”, frisou.

O vice-presidente da CUT-São Paulo, professor Douglas Izzo, pediu uma vaia para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que falou que os 10% do PIB para a educação iria quebrar o país. “Se há recursos para um volumoso superávit primário, por que não destinar um percentual mais expressivo do Orçamento federal para fomentar a educação”, questionou.

A realização da marcha em plena Semana da Pátria, declarou Júlio Turra, da direção nacional da CUT, “demonstra que a independência só pode ser garantida pelos trabalhadores”. “A bandeira da educação unifica o conjunto da classe em apoio à luta dos companheiros da CNTE, da mesma forma que a luta contra a precarização e a terceirização mobiliza os trabalhadores em educação em solidariedade à classe. Esta é uma mobilização que abre caminho para vitórias e destaca a importância do protagonismo do Estado.”

Com informações da CUT