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Crianças ficam sem aula em escolas municipais de São Paulo atingidas pelas chuvas

Reportagem da TVT visita unidades prejudicadas e mostra a falta de informações dos pais sobre o retorno dos filhos às aulas

Reprodução TVT
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A Escola de Educação Infantil Cruzeiro do Sul, na zona leste de São Paulo, foi prejudicada depois da chuva do dia 10 de fevereiro. Houve um desmoronamento, cujo estrondo pode ser ouvido em todo o entorno da escola

São Paulo – A cidade de São Paulo tem pelo menos cinco escolas fechadas devido às fortes chuvas que caíram no mês passado. Entre elas, há uma creche e uma escola de ensino fundamental. A repórter Dayane Ponte visitou as duas unidades e mostrou, na edição desta segunda-feira (2) no Seu Jornal, da TVT, que os pais ainda não sabem o destino dos filhos.

A escola municipal Dilermando Dias dos Santos, em Pirituba, zona oeste, teve um muro de arrimo que cedeu. “Eles disseram para a gente que dia 2, dia 3 entregariam a escola”, afirma o presidente da associação de moradores Carlos Alexandre Beraldo. “Eles iam fazer essa reforma no feriado, e a gente veio acompanhando de lá para cá e nada disso foi feito”, afirmou, explicando que o escoramento do muro está irregular. Beraldo trabalha como mestre de obras e por isso avalia a ação da prefeitura.

“Fizeram escoramento com eucalipto e no caso ali teria de ser escora de aço”, diz ainda o representante dos moradores. “A gente está aguardando. Ninguém veio falar com a gente”, afirmou ainda.

Pais de alunos denunciam que nem a prefeitura, nem Secretaria de Educação encaminharam as crianças para outras unidades. Esse é o caso do filho do pintor Marcelo José Ribeiro, que não vê a hora de voltar a estudar. “Eu não tenho dinheiro sempre para trazer ele, porque eu pago aluguel, e dependo o meu serviço, e eles não dão resposta nenhuma”.

A Escola de Educação Infantil Cruzeiro do Sul, na zona leste de São Paulo, foi prejudicada depois da chuva do dia 10 de fevereiro. Houve um desmoronamento, cujo estrondo pode ser ouvido em todo o entorno da escola. Os vizinhos tiveram de intervir para ajudar os funcionários da escola a socorrer as crianças.

A filha da diarista Débora Ferreira Serra Dias, de 3 anos, estava na escola quando parte da estrutura desabou.”Era bem cedo, eu trouxe ela para a creche, voltei pra casa, e meia hora depois minha mãe me ligou”, disse, chamando para ver o que tinha ocorrido na creche. Débora disse que com o desabamento a filha ficou assustada, tremia e chorava muito.

Em nota, a diretoria regional de São Miguel, na zona leste, disse que as obras na unidade só devem acabar em seis meses. Já a Secretaria Municipal de Educação afirmou que as aulas na escola Dilermando Dias dos Santos voltam neste mês.

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