IBGE

Cai presença de crianças em óbitos, e aumenta número de mortes violentas

Em 2014, foram registrados 2,9 milhões de nascimentos, um crescimento de 2,9% (83,7 mil) em relação ano anterior. Caiu o total de mães de 15 a 19 anos e aumentou o de mães de 30 a 34 anos

Marcello Casal Jr/ABr

Percentual de óbitos de crianças menores de 5 anos passou de 35,6% do total, em 1974, para 3,1% no ano passado

São Paulo – A participação de crianças entre os óbitos registrados no país caiu nas quatro últimas décadas, segundo o IBGE. O percentual de óbitos de crianças menores de 5 anos passou de 35,6% do total, em 1974, para 3,1% no ano passado. Entre as crianças com menos de um ano, a taxa foi de 28,2% para 2,7%, no mesmo período.

De 783 mil óbitos registrados em 1974 no Brasil, 279 mil foram de crianças de até 5 anos. No ano passado, esse grupo representou 37 mil de um total de 1,190 milhão de mortes registradas.

Já a proporção de óbitos violentos aumentou de 6,4% para 10,2%, também de 1974 para 2014. Essas mortes concentram-se entre homens jovens: 84,2% do casos.

Nos últimos 40 anos, houve aumento significativo dos óbitos violentos nos jovens e adultos jovens do sexo masculino. Em 2014, no grupo de idade de 20 a 24 anos, o número óbitos violentos masculinos foi 4,9 vezes maior que o da população feminina”, diz o IBGE. Os dois estados com maior percentual foram Alagoas (332,6 mortes violentas masculinas a cada 100 mil jovens) e Ceará (264,8).

Na última década (2004-2014), houve queda da mortalidade masculina por causas violentas no Rio de Janeiro (de 131,5 para 93,3 a cada 100 mil homens) e em São Paulo (de 125,7 para 91,6). E a incidência cresceu em Alagoas (de 73 para 160,8) e no Ceará (de 69,3 para 141,5).

Enquanto caiu a participação de crianças no total de óbitos, aumentou a de pessoas com mais de 65 anos. Elas representavam 27,3% em 1974, foram a 37,3% em 1984 e 44,9% em 1994. Nas décadas seguintes, passaram a somar mais da metade: 52,1% em 2004 e 57% no ano passado.

Em 2014, foram registrados 2,9 milhões de nascimentos, um aumento de 2,9% (83,7 mil) em relação ano anterior. A estatística mostra que caiu o número de mães de 15 a 19 anos e aumentou a presença de mães de 30 a 34 anos.

Segundo o |IBGE, a participação de mães de 15 a 19 anos era de 12,6% em 1976, subiu para 21,4% em 2000 e caiu para 17,7% no ano passado. Na faixa de 20 a 24 anos, foi de 32%, em 1976, para 25,3% em 204. De 25 a 29 anos, foi de 27,2% (1974) para 24,6%. Os aumentos foram registrados nas outras faixas: de 15,3% para 20% entre mães de 30 a 34 anos e de 8,8% para 10% no grupo de 35 a 39 anos.

O hospital sempre foi o principal local de nascimento, mas aumentou significativamente de 1974 para 2014: de 62% para 99%. Desde 1996, responde por 95% dos nascimentos registrados. O parto no domicílio, de acordo com o instituto, foi informado em 0,7% dos casos (20.998).