Audiência pública em São Paulo recebe denúncias sobre tráfico de pessoas

Evento faz parte de CPI do Senado que investiga e ouve vítimas, testemunhas e profissionais envolvidos na problemática

São Paulo – Com o objetivo de receber denúncias e informações sobre casos de tráfico de pessoas para exploração do trabalho escravo, para turismo sexual, exploração sexual e trabalho doméstico, uma audiência pública será realizada nesta segunda-feira (17), às 14h, na Assembleia Legislativa de São Paulo. A audiência foi marcada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre Tráfico de Pessoas, do Senado Federal, e a cidade de São Paulo foi escolhida por ser um dos principais locais de saída de vítimas do tráfico para fora do país.

Segundo o Senado, São Paulo é uma das cidades de maior concentração de pessoas traficadas de fora do país para serem usadas como mão de obra escrava. Ou seja, além de sediar redes que exportam vítimas do tráfico, São Paulo é também uma cidade para onde vem essa mão de obra. A Comissão do Senado tem evidenciado uma atuação ineficiente do governo federal no enfrentamento ao tráfico de pessoas.

A audiência deverá contar com a presença dos senadores Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), presidente da CPI; Marinor Brito (PSOL/PA), proponente e relatora da CPI; Lídice da Mata (PSB/BA) e Paulo Davim (PV/RN); Luis Alexandre de Faria, auditor fiscal do trabalho do Programa de Erradicação do Trabalho Escravo Urbano; Renato Bignami, secretário de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); Carlos Eduardo Magro Pellegrini, delegado da Polícia Federal; e Luiz Machado, coordenador do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo da OIT/Brasil, entre outros participantes.

Instaalada em abril, a CPI tem realizado diligências pelo país para ouvir vítimas, testemunhas, profissionais envolvidos no combate ao tráfico de pessoas e órgãos governamentais. A Comissão do Senado já passou por Manaus, Salvador, Belém e Rio de Janeiro, com desdobramentos para solução de casos junto ao Ministério das Relações Exteriores e embaixadas, além de denúncias para abertura de inquéritos.