Mudança de comportamento

Número de casamentos cai em São Paulo, e uniões homoafetivas aumentam

No ano passado foram 280 mil registros, 25 mil a menos em relação a 2015. União entre pessoas do mesmo sexo passaram de 1.966 para 4.100

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O estado de São Paulo teve aproximadamente 280 mil casamentos registrados em 2018. Entre pessoas do mesmo sexo, foram 4.100. Idade média vem aumentando

São Paulo – No ano passado, o estado de São Paulo registrou 279.899 casamentos locais, queda de 4% em relação a 2017, segundo a Fundação Seade, que aponta tendência de redução desde 2015 – nesse período, a queda foi de 8% (menos 25 mil). Já as uniões homoafetivas mostram crescimento, somando 4.100 em 2018, alta de 64%. De 2013 a 2018, o aumento foi de 108,5% – essas uniões representaram 1,5% do total.

De acordo com a fundação, vinculada ao governo estadual, das 4.100 uniões legais entre pessoas do mesmo sexo, 2.445 foram entre mulheres e 1.655, entre homens. No primeiro caso, o crescimento foi de 132,4% em cinco anos e no segundo, de 81,1%. Foram 14.715 de 2013 a 2018, 57,7% femininas e 42,3% masculinas.

“Os dados mensais de ocorrência dos casamentos desmistificam a crença popular de que maio seja o mês das noivas, pois dezembro se destaca como o preferido entre as uniões tanto de parceiros de sexos diferentes como do mesmo sexo, sobretudo nesse último grupo, pois naquele mês ocorreram mais de 30% do total dessas uniões”, diz o Seade. “A predileção por dezembro parece ser mais de cunho econômico, em decorrência do 13º salário e das férias do fim do ano”, acrescenta a fundação.

Os meses com menor incidência são fevereiro, julho e agosto para casamentos entre pessoas de sexo diferentes. Entre mulheres, abril e agosto. E entre homens, fevereiro, março e agosto. O Seade cita “motivos de cunho religioso, econômico ou pessoal”.

Além disso, os dados coletados no Registro Civil do Estado mostram que os paulistas vêm postergando o casamento – “pelo menos a sua oficialização”. A idade média, para casamentos entre homens e mulheres, é de 34,7 e 32,1 anos, respectivamente. Para casamentos entre homens, 35,4 e entre mulheres, 33,8 anos. A diferença de idade entre os cônjuges vem diminuindo – em média, é de 2,6 anos.

“De modo geral, no Estado de São Paulo, ainda predomina a herança do passado patriarcal do padrão de casamentos no qual os homens tendem a se unir a mulheres com idades inferiores às deles. Mas é importante ressaltar que em parcela significativa das uniões legais tal padrão não ocorre”, informa ainda o Seade. Dos matrimônios registrados no ano passado, em 26% as mulheres eram mais velhas.

A chamada taxa bruta de nupcialidade é de 6,4 casamentos para cada mil habitantes, ante 7,1 em 2015. Entre as regiões administrativas, varia de 5,9 a 7,5. Quando se considera apenas a população considerada em idade de casar, a partir de 15 anos, a taxa cai de 8,8 para 7,9, caindo para 7,5 na região metropolitana de São Paulo e para 7,1 na capital.

Confira aqui a íntegra do estudo.

 

 

 

 

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