Na fé

Semifinal: sete motivos para apostar Brasil contra a Alemanha no bolão

Contra a Colômbia, o ceticismo imperava. Agora, a pressão se foi e a torcida estará em campo para substituir o craque afastado

Tânia Rêgo/Agência Brasil CC-BY 3.0

Torcida no Alzirão, na Tijuca, no Rio de Janeiro. Corrente pra frente.

O Brasil enfrenta a Alemanha logo mais, às 17h, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela semifinal da Copa 2014. O bolão da firma corre solto pela manhã e você tem a chance de marcar um palpite de vitória para a seleção canarinho sem medo de errar – porque quem tem medo de errar não aposta em bolão.

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A exemplo do que fez antes da partida contra a Colômbia, nas quartas, quando o ceticismo imperava com mais força, o Copa na Rede lista motivos para acreditar que dá Brasil, mesmo sem Neymar, mesmo sem saber como, exatamente, o time vai se portar.

Em tempo: ninguém disse que será fácil.

1) Duas tragédias não costumam acometer uma mesma cidade em tão poucos dias

Só vale se não for entendido como piada. Porque é sério. Assim como não caem dos aviões na mesma semana, uma tragédia não sucede a outra no mesmo logradouro. Belo Horizonte já passou por si perrengue na queda do viaduto na semana passada. Lamentável. Uma eventual desclassificação nas semifinais, no Mineirão, seria um segundo raio no mesmo lugar. Pouco provável demais.

2) Retrospecto favorável

Dos 25 jogos disputados, o Brasil venceu 16. Foram cinco empates e quatro derrotas. Vasta margem, incluindo aí Alemanha Ocidental, Oriental e a versão unificada, de 1989 em diante. Em copa, estamos 100%. Em 1974, batemos a Alemanha Oriental, na fase de grupos. Em 2002, que saudades! Na final, o 2 x 0 de Ronaldo, então o Fenômeno, sobre Oliver Kahn foi inesquecível. Mais histórico a favor: foram sete ocasiões em que canarinhos e germânicos jogaram em território brasileiro. Em todas o vencedor foi o time amarelo. Não há de ser momento para contrariar a tradição.

3) Brasil joga sem responsabilidade

Clássico é clássico, segundo ensina o jargão futebolístico. Não tem favoritos, mesmo quando um time está flagrantemente mais forte do que o outro. Como nesta Copa não tem jogo fácil, a coisa fica mais interessante. A seleção entrará em campo sem Neymar pela primeira vez na atual encarnação de Luiz Felipe Scolari no comando. Isso inclui, naturalmente, a Copa. A torcida sabe que o Brasil terá menos recursos individuais, porque o 10 era o principal talento no gramado. Jogando em bloco, o protagonismo fica transferido para o lado alemão. Sem Neymar, a responsabilidade e a pressão vão embora, dando espaço para o futebol acontecer (ninguém aqui disse que vai ser futebol bonito).

4) Muito passe, encaixa com marcação pressão

A Alemanha é a seleção que mais troca passes na Copa. Até agora, em cinco partidas, foram 3.577. Pode-se estar insatisfeito com Oscar e com Hulk, mas marcação pressão eles fazem. Se o adversário passa muito, fica bom pra roubar uma bola e…

5) Torcida, muita torcida

Felipão ainda não confirmou, mas o melhor substituto de Neymar será… a torcida no Mineirão. Do hino nacional à capela no início do jogo à vibração durante os 90 minutos, o apoio oriundo das arquibancadas será a melhor resposta para conter o pessoal da terra da cerveja, do chucrutes e do kassler. É o tal do 12º jogador.

6) Ninguém sabe como funciona uma retranca do Brasil

Todas as opções de Felipão para substituir Neymar tornam a equipe mais defensiva. E a última vez que o Brasil jogou com jeito de retranca foi… quando mesmo? Ninguém tem relatório de olheiro que explique o funcionamento dessa modalidade de jogo aplicada à seleção. O técnico brasileiro pode não estar na crista da onda da tática mundial, mas ele tem o elemento surpresa em mãos. É uma arma.

7) De vermelho

Nesta Copa 2014, o Brasil se especializou em enfrentar times vestidos total ou parcialmente de vermelho. Croácia, México, Chile e Colômbia entraram em campo com a camisa em algum tom entre o escarlate e o bordô. Todo mundo sabe que não foi fácil. A Alemanha vai a campo com a camisa rubro-negra, com listras vermelhas e pretas. Na base do suor, do sangue e da raça, há de ser superada.

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