Professores do Ceará: mobilização pelo piso e fim da truculência

Em greve, provessores do Ceará se mobilizam em passeata na Assembleia Legislativa (Foto: Franklin Costa/Apeoc) São Paulo – Professores grevistas do Ceará realizaram na manhã desta sexta-feira (30) uma marcha […]

Em greve, provessores do Ceará se mobilizam em passeata na Assembleia Legislativa (Foto: Franklin Costa/Apeoc)

São Paulo – Professores grevistas do Ceará realizaram na manhã desta sexta-feira (30) uma marcha em torno do prédio da Assembleia Legislativa do estado. Os manifestantes cantaram o Hino Nacional de costas para a Casa. Os portões fechados foram mantidos fechados e o comando de greve dos professores foi impedido de entrar.

O movimento já enfrentou a truculência por parte da Polícia Militar. Um grupo de professores foi agredido na última quinta-feira (29) na área de acesso da Assembleia, com cacetetes, spray de pimenta, prisões e feridos. Segundo o Sindicato dos Professores e Servidores no Estado do Ceará (Apeoc), os professores protestavam contra a aprovação, em Regime de Urgência, do Projeto de Lei do Governo do Estado, que trata da implantação do piso salarial nacional para os professores de nível médio. Quatro docentes foram presos e soltos em seguida.

“Em defesa de um Estado de Direito e Democrático, a Apeoc apela aos dirigentes do Poderes Constituídos o uso de bom senso e de sensibilidade para a implantação do Piso Nacional de salário dos professores com repercussão na carreira funcional, dos professores de nível médio a especialista, e, sem que seja necessário ferir direitos individuais, coletivos, e, especialmente a Democracia”, disse a entidade em nota.

A categoria e o governador Cid Gomes (PSB) têm se enfrentado em clima tenso. De um lado, os professores pedem que o governo cumpra a lei do piso, com o pagamento de R$ 1.187 para docentes de nível médio para jornada de 40 horas semanais. De outro, Gomes faz declarações polêmicas em que insinua que professores não devem trabalhar por dinheiro e sim, por vocação. Segundo ele, as negociações não avançam enquanto a paralisação não tiver fim.