O marketing do grotesco

O deputado estadual do Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PP), insinuou que a juíza Patrícia Acioli, morta no Rio com 21 tiros, teve culpa em sua morte. Em seu perfil […]

O deputado estadual do Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro (PP), insinuou que a juíza Patrícia Acioli, morta no Rio com 21 tiros, teve culpa em sua morte.

Em seu perfil no Twitter o deputado carioca diz que a juíza ‘humilhava’ os réus que interrogava e que isso teria contribuído para ela adquirir ‘desafetos’ durante a carreira.

‘Que Deus tenha essa juíza, mas a forma absurda e gratuita com que ela humilhava policiais nas sessões contribuiu para ter muitos inimigos’,escreveu o deputado (e pode ser lido aqui: http://twitter.com/#!/FlavioBolsonaro/status/101981169595330562 )

Família sem noção

Bolsonaro  procura assuntos de grande repercussão para fazer sensacionalismo, gosta de aparecer, é sempre do contra. O procedimento da família só escandaliza quem não conhece. Tanto o pai, quanto  seus filhos, entoam o discurso que agrada o seu respectivo eleitorado, a quem devem coerência porque lhe garante o mandato parlamentar há 20 anos.

No  quesito planejamento familiar, desde que assumiu o mandato de vereador em 2001, Carlos Bolsonaro, assim como seu irmão Flávio, lutou a favor de leis que tornassem gratuitas a laqueadura e vasectomia nos hospitais vinculados à rede pública como forma de combate à fome, à miséria e à violência. Carlos, foi mais longe: apresentou na Câmara projeto para esterilização de moradores de rua.

Já o pai Bolsonaro, pela resposta que deu a Preta Gil, ficou evidente que, se ele vê relações entre brancos e negros como “promiscuidade”, é porque é racista.  Além de perseguir gays, de defender a ditadura militar e a tortura. Por incrível que pareça, esse sujeito é deputado há 20 anos.