‘Não se pode cumprir agenda ambiental sem se derrotar a exclusão social, diz ministra

Ministra defendeu a correlação entre as agendas ambiental, social e de direitos humanos (Foto:Valter Campanato/ABr) Rio de Janeiro – O fim da desigualdade social deveria ser priorizado e anteposto a […]

Ministra defendeu a correlação entre as agendas ambiental, social e de direitos humanos (Foto:Valter Campanato/ABr)

Rio de Janeiro – O fim da desigualdade social deveria ser priorizado e anteposto a questões como meio ambiente e direitos humanos, afirmou a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário. Durante debate sobre o tema “Direitos Humanos e Sustentabilidade”, promovido pelo governo brasileiro, na ArenaSocioambiental, evento paralelo à Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento, a Rio+20, a ministra defendeu hoje (19) a correlação entre as agendas ambiental, social e de direitos humanos, mas destacou a importância da inclusão social e da erradicação da pobreza extrema.

“Não é possível cumprirmos as questões ambiental e de direitos humanos sem derrotarmos a lógica da exclusão do sistema capitalista. A exclusão social e também a pobreza extrema”, ressaltou a ministra.

O advogado Roberto Caldas, segundo brasileiro eleito juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos, também defendeu a garantia prioritária do direito social. Para ele, se não se tiver o direito social garantido, não se terá um meio ambiente protegido e respeitado. “Sem políticas sociais, as futuras gerações não terão capacidade de compreender que a proteção do ambiente é a proteção delas próprias e de suas gerações futuras”, destacou.

Roberto considera que a grande revolução dos direitos humanos é uma mágica dos direitos sociais, como o combate a pobreza e dar dignidade à pessoa humana.

Visão otimista

Maria do Rosário vê com otimismo o resultado final da Rio+20, que tem as negociações oficiais iniciadas amanhã (20) e encerradas no sábado (22). Para ela, independentemente dos resultados finais, o cenário de mobilização da sociedade, de encontros e eventos que se vêm produzindo simultaneamente, tudo isso faz a diferença para o desenvolvimento sustentável. “Os movimentos da agenda ambiental estão vibrantes. E é isso que faz a diferença”, disse.