Ê, manguaça...

Meia da seleção alemã dá vexame em hotel de Berlim

Kevin Grosskreutz chegou bêbado ao hotel, gritou com hóspedes e urinou no lobby, mas contou com a compreensão de Joaquim Löw. Não teria a mesma sorte com Telê Santana...

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Grosskreutz não desmente o gosto pela ‘marvada’

O meia alemão Kevin Grosskreutz fez um belo estrago no dia da final da Copa da Alemanha. Não em campo, onde seu time, o Borussia Dortmund, foi derrotado por 2 a 0 pelo Bayern de Munique e ficou sem o título. Mas no hotel “Berlin, Berlin”, onde, segundo a mídia alemã, apareceu completamente bêbado a ponto de gritar com outros hóspedes e urinar no meio do lobby.

O rapaz pediu perdão pelo caso, usando uma desculpa velha do manual dos manguaças: “Eu estava muito frustrado depois do jogo e nós queríamos ganhar de qualquer jeito. Me deu ‘um branco total’, sinto muito.”

A façanha parece ter saído barato para Grosskreutz na seleção, onde o técnico Joaquim Löw e o gerente Oliver Bierhoff optaram por apenas adverti-lo. “Kevin é jovem, muito impulsivo, tem paixão pelo jogo. Ele demonstra isto quando está em campo e na seleção nunca pisou na bola”, disse Löw ao jornal Bild, em demonstração de grande compreensão pelo estado etílico alheio. O Borussia, que não tem nada com a bondade de Löw, aplicou uma pesada multa no meia.

Honra manguaça

Uma noitada bem menos embaraçosa já custou a vaga na Copa do Mundo a jogadores brasileiros. Foi na Copa de 1986, quando o atacante Renato Gaúcho e o lateral Leandro, ambos titulares do time de Telê Santana, esticaram a noite e furaram o “toque de recolher” do treinador. No dia seguinte, perderam a hora do treinamento na Toca da Raposa, centro de treinamento do Cruzeiro, onde o Brasil estava concentrado. Telê foi bem mais linha-dura que Joaquim Löw: cortou Renato do time e da Copa.

A atitude um tanto autoritária abriu espaço para um ato bastante digno de Leandro, que decidiu deixar a seleção em solidariedade ao companheiro de copo.

Essa é a história mais conhecida para o fato, mas esta coluna do Ugo Giorgetti em 2010 trouxe uma outra versão. Nesta, Renato poderia ter chegado na hora, mas ficou tomando conta de Leandro, que não teria aguentado os rigores da vida boêmia que o Gaúcho conhecia bem. Na hora do confronto com Telê, aguentou a punição e não contou a história toda ao “professor”. Postura exemplar de um companheiro de bar.

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