Nascido em Colatina (ES), em 1925, e falecido em Vitória (ES), em 1999, o artista plástico Dionísio Del Santo se destacou pelo trabalho com serigrafia, mas também realizou pinturas, gravuras e desenhos. É o que pode ser conferido na exposição “Dionísio Del Santo e o Concretismo”, em cartaz na Caixa Cultural São Paulo, de terça-feira a sábado, das 9h às 21h, e aos domingos e feriados, das 10h às 21h, até 24 de abril, com entrada franca.

Autodidata, Dionísio Del Santo começou a pintar de maneira autodidática em 1951, mas destacou-se mesmo a partir de 1965, quando realizou sua primeira exposição individual na Galeria Relevo, no Rio de Janeiro, onde morava na época. Dois anos depois, ele recebeu o prêmio aquisição da 9ª Bienal Internacional de São Paulo. Já em 1975 ele foi premiado como autor da Melhor Exposição de Gravura do Ano, da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA). E, em 1978, tornou-se o vencedor do
prêmio IBEU de Artes Plásticas, no Rio de Janeiro, onde vivia na época.

Porém, na exposição em cartaz em São Paulo, destacam-se mesmo as serigrafias, de grande impacto visual, principalmente em função da sensação de movimento proporcionado. É o que se percebe em telas batizadas de “O Desastre” (1954), que é um de seus primeiros trabalhos; “Matadouro”; “Cavalo, mulher, criança” (1970); e “Adormecida e Fera” (1971). “Como serígrafo, Dionísio ganhou domínio total sobre seu métier. A destreza técnica lhe permitiu trabalhar com precisão as mais complexas estruturas lineares e os mais requintados esquemas cromáticos”, explica Maria Alice Milliet, no texto que tem o mesmo nome da exposição e é reproduzido no programa. Já a arte concreta chama atenção nas duas telas coloridas “Figuras Unidas”, de 1970. Só faltou à exposição destacar o trabalho do artista como publicitário e artista gráfico.