Elis Regina foi a grande homenageada da Virada Cultural

São Paulo – Se, em 2011, o palco do Bulevar São João, da Virada Cultural, em São Paulo, foi dedicado à maratona de todos os álbuns dos Beatles tocados em […]

São Paulo – Se, em 2011, o palco do Bulevar São João, da Virada Cultural, em São Paulo, foi dedicado à maratona de todos os álbuns dos Beatles tocados em sequência, dessa vez a homenageada foi a cantora Elis Regina. Com o título “30 Anos Sem Elis”, 22 artistas se revezaram para interpretar 17 de seus 29 discos lançados. Se o primeiro trabalho, “Viva a Brotolândia”, de 1961, ficou de fora, a festa começou mesmo com “Samba eu Canto Assim”, de 1965, interpretado pelo maestro, pianista, compositor e cantor paulista Adylson Godoy, acompanhado pela filha cantora Adriana Godoy.

Outro momento especial foi quando os cantores paulistas Luciana Alves e Diogo Poças reviveram o memorável encontro de Elis Regina e Tom Jobim, em 1974. No repertório, clássicos como “Águas de Março”, “Só Tinha de Ser Com Você”, “Corcovado”, “Retrato em Branco e Preto”, “Chovendo na Roseira” e “Brigas Nunca Mais”. Por mais metafórico que possa parecer, foi justamente no momento desta última canção que começou uma grande briga e confusão na plateia. Um dos incidentes mais comentados da Virada Cultural.

Já no domingo de manhã, às 10hs, a cantora paulistana Graça Cunha provou seu imenso talento, interpretando para alguns poucos privilegiados clássicos como “Cinema Olympia”, “Aviso aos Navegantes”, “Madalena”, “Estrada do Sol” e “Os Argonautas”. Ela arrepiou e arrancou aplausos entusiasmados quando cantou “Black is Beautiful”, de Marcos e Paulo Sérgio Valle; e uma versão personalíssima de “Golden Slumbers”, de John Lennon e Paul McCartney.

O encerramento ficou por conta de Jair Rodrigues, que, aos 73 anos, cantou, dançou, se jogou para a plateia e até ficou de ponta-cabeça, tendo no palco a companhia de um vaso de pimenta. Ele interpretou o álbum “Dois na Bossa”, de 1965, que inclui “Preciso Aprender a Ser Só”, de Paulo Sérgio e Marcos Valle; “Reza”, de Ruy Guerra e Edu Lobo; “Arrastão”, de Edu Lobo e Vinicius de Moraes, e um pot-pourri de sambas clássicos como “O morro não tem vez”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes: “O Sol Nascerá (A sorrir)”, de Cartola e Elton Medeiros; e “Acender as Velas” e “Diz Que Fui Por Aí”, ambos de Zé Kéti.

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