Goleada vem aí

Reservas da Espanha deviam mirar placar de videogame contra Taiti

Time de Del Bosque tem condição de fazer mais do que os 6 a 1 aplicados pela Nigéria e de ficar com a bola por mais do que os 71% do tempo do jogo contra o Uruguai. Massacre à vista

Pose da seleção do Taiti, da esquerda para a direita abaixados, lvin Tehau, captain Nicolas Vallar, Heimano Bourebare, Steevy Chong Hue and Vincent Simon; de pé, o goleiro Xavier Samin, Teheivarii Ludivion, Jonathan Tehau, Ricky Aitamai, Henri Caroine and Marama Vahirua (Peter Powell/EFE)

A Espanha, campeã do Mundo e da Europa, entra em campo nesta quinta-feira (20) com obrigação de aplicar a maior goleada da Copa das Confederações diante da amadora, porém digna, seleção do Taiti. A equipe vermelha da Polinésia Francesa representa a Oceania e vem de uma sova contra a Nigéria, quando perdeu por 6 a 1. Os comandados de Vicente del Bosque vão a campo com a escalação reserva, prometem respeito, mas continuam capazes implementar uma goleada hiperbólica. Se quiserem.

É um jogo entre a melhor das agremiações de jogadores de futebol profissional atualmente segundo o ranking da Fifa, pelo menos e um grupo de amadores de um canto onde há mais mar do que gramados.

Eddy Etaeta, treinador do time de Bora Bora, falou em tomar 20 gols  e quem sabe fazer um. Previu que os 71% de posse de bola aplicados sobre o Uruguai vão ser pouco. Uns 98% são mais prováveis. Ele sabe que o gol marcado diante dos campeões africanos é honroso e conhece a realidade do time.

Uma superioridade assim já deixaria na história a partida no Maracanã, disputada às 16h (horário de Brasília). Tamanha disparidade e contraste forjam a expectativa de que, a exemplo do que se sucedeu no Mineirão, os cariocas sejam taitianos desde criancinhas. Afinal, secar um time assim é uma paixão nacional  atividade tão cultivada quanto próprio ludopédio, o samba e os protestos de rua.

Mas como posse de bola não altera o placar, é preciso aguardar para saber o ímpeto da Fúria para reiterar o balançar das redes. A maior goleada da história das partidas oficiais, segundo a Fifa, aconteceu em 2000, quando a toda-poderosa Austrália fez 31 a 0 Samoa Americana.

Marcar três dezenas de gols é improvável. Mas se é para mirar longe, seria mais divertido que a ambição fosse virtualmente impraticável, como a maior goleada registrada no Guiness Book em jogos de videogame. Consta que um (desocupado?) rapaz de 15 primaveras de idade, chamado Jacob Gaby, de Hertfordshire, no Reino Unido, teria alcançado o placar de 189 a 0, em disputa realizada na edição 2012 do game oficial da Fifa.

Irônico é lembrar que a exaltada seleção espanhola, tida atualmente como potência ofensiva, foi a seleção de pior ataque a levar um título mundial, em 2010, na África do Sul.