Choque de gestão de Aécio e Anastasia na comida dos presídios vai parar na PF

A Polícia Federal deflagrou na terça-feira a operação “Laranja com Pequi”, em Minas, para desbaratar uma quadrilha especializada em fraudes em licitações, especialmente de alimentos para presídios e merendas de […]

A Polícia Federal deflagrou na terça-feira a operação “Laranja com Pequi”, em Minas, para desbaratar uma quadrilha especializada em fraudes em licitações, especialmente de alimentos para presídios e merendas de escolas públicas.

As investigações conjuntas com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) revelaram a participação de agentes públicos na fraude de licitações da Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds), Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), do Departamento de Estradas e Rodagens (DER-MG), e de várias prefeituras.

A empresa que ganhava as licitações direcionadas era do irmão do senador Zezé Perrela (PDT-MG), e também ex-presidente do Cruzeiro, Alvimar Perrela. Policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na empresa Stillus Alimentos LTDA, e no apartamento do irmão do senador ligado ao ex-governador Aécio Neves e ao atual governador, Antonio Anastasia, ambos do PSDB.

O Ministério Público afirma que menos um terço do valor das refeições fornecidas para presídios estaduais, dentro do choque de gestão tucano, foi desviado pela quadrilha, o que dá um rombo de R$ 56 milhões aos cofres públicos. 

Na prefeitura de Montes Claros, o golpe era na merenda escolar. A cidade desembolsava R$ 2 milhões por ano nas escolas municipais quando as merendeiras faziam a comida. Após a terceirização do serviço, o custo pulou para R$ 12 milhões. Esse aumento de custo após terceirização também ocorreu na prefeitura de São Paulo, na gestão de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD). 

A política de terceirização da merenda para grandes empresas, além da corrupção e do superfaturamento, ainda traz prejuízos para a economia do município, pois deixa de comprar alimentos da agricultura familiar, empobrecendo os pequenos produtores, impedindo a melhor distribuição de renda, e o dinheiro deixa de circular no comércio local.