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Brasil abre Copa das Confederações com desafio de convencer o mundo

Partida de estreia contra o Japão vai testar o futebol da seleção e a capacidade de organização local

Antonio Lacerda/EFE

Este é o momento de sanar dúvidas sobre a capacidade do país de sediar o torneio. Ou de confirmá-las

Preparativo para o Mundial de Futebol, a Copa das Confederações do Brasil começa hoje (15), com a partida entre a Seleção Brasileira e o Japão. Os anfitriões têm como desafio convencer sua própria torcida e o mundo, dentro e fora do gramado. Enquanto o escrete de Luiz Felipe Scolari precisará mostrar coesão e capacidade como time, com a maior parte dos nomes debutando em uma competição desse porte, a organização do evento estará na mira do planeta. O primeiro evento esportivo de uma série que terá a própria Copa, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016, é uma prova de fogo, depois de seis anos de preparação e polêmicas.

Dentro de campo, a equipe de camisas amarelas, que tem em Neymar a principal estrela, enfrenta o Japão. Os campeões asiáticos vão à capital federal para, primeiro, mostrar que são bons na vida real, e não só no videogame. Falam até em ser campeões, recorrendo a um zagalístico esquema tático 4-2-3-1, de Alberto Zaccheroni. O técnico italiano reuniu um perfil de atletas mais encorpados física e tecnicamente. Kagawa, que atua no Manchester United, é o principal nome. Na defesa, há atletas maiores e mais fortes do que o perfil “só correria” que se via em selecionados anteriores.

Do lado de fora, as dificuldades para retirar, o clima de casa mal acabada e todas as dúvidas sobre a capacidade de organização e planejamento de grandes eventos vai estar no centro das atenções. Além de Brasília e de seu Estádio Nacional Mané Garrincha, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Salvador também abrigarão partidas. Ainda sem Fuleco, mas já com a bola Cafusa, todas as dúvidas serão sanadas (ou confirmadas).

O brasileiro médio, que torce pela seleção – com ou sem bandeirinha no vidro do carro, com ou sem camisa amarela, com ou sem decorar a rua para a festa – e dá uma pausa na vida cotidiana para acompanhar uma partida que vale taça, vai estar dividido nas expectativas. De um lado, para superar o ceticismo diante de Hulk e outras incógnitas da nova Família Scolari. De outro, para ver o que o país foi capaz de fazer.

Então, parafraseando o saudoso Fiori Gigliotti, que se abram logo as cortinas e comece o espetáculo.
Mowa Press

Norio Nakayama/Flickr

 

 

Neymar, pelo Brasil, e Nakata, pelo Japão, são bons motivos para ver o jogo de estreia da Copa das Confederações 2013, no Brasil. Como se precisasse de razões adicionais…