Boas práticas: transformar lotes vagos em parques pode reduzir crimes

Lotes transformados podem melhorar características da vizinhança (Foto: Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos) Uma pesquisa realizada na cidade de Filadélfia, nos Estados Unidos, mostrou evidências de que bairros […]

Lotes transformados podem melhorar características da vizinhança (Foto: Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos)

Uma pesquisa realizada na cidade de Filadélfia, nos Estados Unidos, mostrou evidências de que bairros onde lotes vagos foram transformados em áreas verdes comunitárias estão associados à redução de crimes como assaltos à mão armada e vandalismo. O estudo, conduzido pela Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia, usou dados compilados em Filadélfia nos últimos 10 anos. Moradores dos bairros beneficiados declararam ter menos stress e fazer mais exercícios.

Filadélfia tem um programa para transformar lotes vagos em áreas públicas. O objetivo é adicionar 2 milhões de m² de espaços verdes à cidade até 2015 dessa forma. Além de parques, essas áreas podem se tornar em espaços cultiváveis.

O programa envolveu remoção de lixo e detritos, nivelamento de terreno, plantio de grama e árvores e instalação de cercas baixas, para sinalizar que a área era cuidada e impedir o depósito de lixo.

Pesquisas anteriores já haviam mostrado que houve um aumento do número de imóveis ocupados nas vizinhanças dos lotes transformados em parques, além de taxas mais baixas de mortalidade e de queixas com a saúde, além de melhora na saúde mental.

Programas como esse têm potencial para serem adaptados para cidades brasileiras, que muitas vezes têm uma larga extensão de terra sem nenhuma área verde. A expansão da cidade em direção à periferia, deixando vazios pelo caminho, é uma característica negativa que poderia ser transformada aqui também.

A cidade de São Paulo tem um tímido programa de implantação de pequenos parques pela cidade. Desde 2008, 23 novos parques foram inaugurados na capital. Até o final do ano que vem, a meta é chegar aos 100 parques. A área verde por pessoa, no entanto, aumentou pouco: de 11 m² para 11,1 m². Uma ação mais agressiva poderia aumentar muito mais as áreas verdes, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida, segurança e também para o combate às enchentes.