Repórter que perguntou a Dilma sobre homossexualidade vê eleição como ‘reality show’

São Paulo – O repórter que perguntou a Dilma Rousseff se ela “é homossexual” considera que a vida privada dos candidatos é mais interessante que a pública e que as “campanhas […]

São Paulo – O repórter que perguntou a Dilma Rousseff se ela “é homossexual” considera que a vida privada dos candidatos é mais interessante que a pública e que as “campanhas têm um quê de entretenimento, de reality show”. Por meio do Twitter, Efrém Ribeiro manifestou que a pergunta apresentada a Dilma durante evento quarta-feira (13) no Piauí se encaixa neste quesito. O repórter do jornal Meio Norte gerou surpresa e mal-estar ao apresentar a questão à petista.

Dilma respondeu: “Meu querido, eu não vou responder a isso. Não vou responder. Tenho uma filha e sou avó, pelo amor de Deus. Não vou discutir nesse nível. Me desculpa, mas esse tipo de discussão, eu não vou ter aqui”.

Efrém afirma que simplesmente cumpriu sua função de perguntar e que levantou uma discussão coerente com seu trabalho. “Vou continuar querendo saber e publicando a vida pessoal dos políticos (…) Eles ficam com raiva, mas passa”, informou por meio da rede social.

A estranheza com a pergunta foi ainda maior pelo momento do debate eleitoral. Questões religiosas têm dominado o debate no segundo turno. Outra série de boatos circula desde meados de setembro, com reportagens de conteúdo falso que sustentam que a candidata governista é homossexual e estaria sofrendo processo judicial de uma ex-parceira. Os dados do boato foram desmentidos.

Houve ainda rumores sobre a posição de Dilma sobre o aborto, além de pressão em relação a mudanças na lei sobre a união homoafetiva. A avaliação é de que a candidata perdeu votos importantes de setores conservadores em função de uma campanha que utiliza a internet e articulações religiosas.