delegação do fracasso

Governo golpista, coveiro do Brasil

Temer, Meirelles, Parente, Moreira Franco, Eduardo Cunha e comparsas assumiram, sem delegação dos brasileiros, a função de desmontar o país

Marcos Corrêa/PR

Governo Temer representa os interesses do capital financeiro e das grandes empresas multinacionais

O sucesso do Brasil neste século causou muito mal-estar à direita. O país não poderia dar certo, ainda mais presidido por um dirigente sindical, de esquerda, depois de ter fracassado com quem seria o mais qualificado para dirigi-lo, o sociólogo FHC. Conforme a autoestima dos brasileiros subiu, a direita sentiu que corria riscos de definitivamente não mais voltar ao poder. Era preciso combater esse sentimento, disseminar a ideia de que estávamos condenados ao fracasso, para poder seguir desmontando o Brasil.

O golpe só foi possível porque a direita, aliada ao monopólio privado da mídia, conseguiu destruir aquela imagem positiva do Brasil, projetar a ideia de que se trata de um país corrupto, de que o modelo econômico deu errado, para assaltar o governo e começar a desmontar o país aceleradamente. O golpe foi feito para isso.

A gangue de Temer, Meirelles, Parente, Moreira Franco, Eduardo Cunha, assumiu, sem delegação dos brasileiros, a função de desmontar o Brasil. Tudo o que deu certo tem que ser desfeito.

A começar pelo Estado brasileiro, que precisa voltar a ser reduzido às suas proporções mínimas, para que nunca mais possa ter o papel de indutor do crescimento econômico, de garantia dos direitos sociais, de sujeito da soberania politica no plano externo, de promotor das empresas públicas. Cometem-se os mais graves crimes da história do Brasil, desmontando a empresa de maior sucesso na nossa história, a Petrobras, entregando-a a preços vis a empresas estrangeiras, mostrando como este governo veio para representar os interesses externos contra os interesses do país.

Ninguém deu mandato a que esse parente do Império aja como representante dos Estados Unidos no seio da empresa mais importante para o desenvolvimento do Brasil e a desmonte.

Um dos maiores avanços do país nos últimos anos, o fortalecimento dos bancos públicos, fazendo com que a Caixa Econômica Federal tenha passado a ser o segundo maior banco do Brasil, é desfeito como se se tratasse de um problema para o país ter bancos públicos fortes, em vez de ser considerado uma vantagem.

Os direitos sociais, afirmados durante este século, diminuindo as injustiças, as desigualdades, a exclusão social, a fome, a miséria, são vitimas de cortes gigantescos de recursos, enquanto os direitos dos trabalhadores são atacados no seu cerne. Ao mesmo tempo em que o Brasil fica reduzido a um país pequeno, vassalo dos Estados Unidos no plano internacional.

É um governo golpista, que representa os interesses do capital financeiro e das grandes empresas multinacionais, que voltam a abocanhar as riquezas do país, às expensas do nosso potencial de desenvolvimento. A partir do diagnóstico errado, que já demonstrou que não corresponde à realidade, de que o problema do Brasil são os gastos do Estado, o governo golpista entrega o país nas mãos dos banqueiros e dos interesses dos Estados Unidos.

Assim, o governo Temer torna-se o maior coveiro do Brasil, tanto das suas possibilidades de desenvolvimento, quanto do seu potencial para abandonar a marca da desigualdade, que sempre foi o maior problema do Brasil. O governo golpista torna-se o maior inimigo do país.

Sua derrubada e a interrupção da ação predatório de tudo o que o Brasil construiu de melhor ao longo dos anos, tornam-se o objetivo maior dos brasileiros, de todos que acreditam que o país pode retomar o caminho do desenvolvimento com distribuição de renda, com extensão contínua do mercado interno de consumo popular, de aumento dos salários acima da inflação, de pleno emprego, de afirmação da soberania brasileira no mundo.

Tudo o que contribui para fortalecer a esse mundo faz mal para o Brasil. Tudo o que contribui para frear seus planos deletérios para o país é positivo.