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Eleições argentinas já mostram contornos definidos

CC / Argentina / PR Cristina Kirchner mantém chances de fazer sucessor em disputa que promete ser bastante disputada Embora esteja ainda na fase de consultas internas regionais nos partidos, […]

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Cristina Kirchner mantém chances de fazer sucessor em disputa que promete ser bastante disputada

Embora esteja ainda na fase de consultas internas regionais nos partidos, já se pode traçar um quadro mais ou menos definido sobre o panorama sobre das eleições presidencias argentinas, no próximo outubro.

Depois que ficou claro que a Cristina não poderia tentar a reeleição, o quadro sucessório foi se configurando em torno de três candidaturas principais. No campo do kirchnerismo, embora houvesse um grande numero de pré-candidatos, o nome do governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, apareceu sempre como o melhor situado no apoio popular, ainda sem a simpatia prioritária, inicialmente, da própria Cristina.

Entre os outros pré-candidatos, o ministro do transporte do governo, Florencio Randazzo, que faz um bom trabalho, se destaca, mas sem ameaçar o favoritismo de Scioli. Cristina fez um chamado a uma maior definição das candidaturas, os outros retiraram seus nomes e Scioli e Randazzo vão à consulta interna do kirchnerismo, em agosto. Scioli lidera todas as pesquisas, mas com pouca diferença – 33% a 32% na última pesquisa –- em relação a Mauricio Macri, que se destaca no campo da oposição.

Inicialmente um dissidente do kirchnerismo, Sergio Massa aparecia como o candidato opositor com melhor opções nas pesquisas. Mas sem falta de apoios sólidos e sem um caráter definido da sua candidatura, Massa foi perdendo apoio e, na última pesquisa, teve apenas 13%. Enquanto isso, Mauricio Macri, um radical de direita não peronista, prefeito de Buenos Aires, com amplo favoritismo para eleger seu sucessor, foi se firmando como o opositor com mais força.

Massa propôs a Macri que os dois participem de uma consulta para que apenas um deles enfrente o kirchnerismo, mas o prefeito de Buenos Aires, ascendendo nas pesquisas às custas de Massa, não aceitou.

Assim vai se configurando uma polarização entre Scioli e Macri. Para ganhar no primeiro turno o candidato tem que ter 40% de votos e diferença de 10% em relação ao segundo. Hoje a projeção seria de um segundo turno entre os dois. Os votos de Massa seriam decisivos, poderiam tender a um lado ou a outro.

Cristina recuperou apoios, depois de superado o estranho caso do juiz que, ao que tudo indica, se suicidou. Sua participação será decisiva na campanha, que de qualquer maneira será apertada e emocionante.

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