O golpe permanente contra o Estado de direito abriu a porteira para a violência
Como diriam os profetas de Deus: “Até quando, Senhor?” Até quando o golpe continuará a opressão, ou, até quando nós continuaremos inertes frente a opressão?
Publicado 05/09/2020 - 11h22
Quatro anos de golpe de Estado! Há quatro anos o eleitor foi desrespeitado e a presidenta eleita, sem ter cometido nenhum crime, foi deposta pelo que só pode ser considerado como um golpe de Estado.
E tudo piorou!
O Estado Democrático de Direito foi quebrado e a porteira foi aberta.
A partir do golpe a Constituição se tornou mera formalidade.
Principalmente, porque casos cuja quebra flagrante do Estado de Direito é comprovada não são corrigidos. O caso da condenação política do cidadão Luiz Inácio Lula da Silva é o exemplo mas flagrante.
E mais, a desconsideração para com o Estado Democrático de Direito comprometeu a credibilidade das eleições, não porque elas tenham sido, objetivamente, fraudadas, mas, porque um ambiente fraudulento para as eleições foi urdido ao arrepio da lei, com a displicência do judiciário, de modo que tudo o que ocorreu nesse ambiente comprometeu a legitimidade das eleições.
O Estado de Direito deixou de abraçar aos trabalhadores, que não têm mais como se defender, pois, seus direitos foram suprimidos e a lei suporta, agora, a precarização do trabalho, expediente muito próximo do trabalho análogo à escravização.
O poder ou o abuso discricionário dos operadores do direito foi exponencializado. E a credibilidade do sistema chegou ao seu nível mais baixo.
E para o poder, diante da perda de credibilidade, resta a força, a violência.
Como diriam os profetas de Deus: “Até quando, Senhor?” Até quando o golpe continuará a opressão, ou, até quando nós continuaremos inertes frente a opressão?
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