A Alemanha é a primeira seleção classificada para as semifinais da Copa de 2014. O time conseguiu chegar a essa fase pela 13ª vez na história, em vinte edições de Copas. Um recorde absoluto.

O jogo esteve longe de empolgar como as partidas das oitavas de final. A Alemanha marcou logo no início e manteve-se firme na defesa por toda a partida, sem permitir que a França reagisse. Foram nove finalizações certas da França contra seis da Alemanha. Nada que lembre as emoções de Alemanha e Argélia ou França e Nigéria.

A proposta inicial de jogo da Alemanha foi fazer uma marcação adiantada para pressionar a França. Os azuis, por sua vez, pareciam confortáveis em olhar a Alemanha trocar passes e esperar por uma chance de contra-ataque. Nos primeiros minutos, o respeito mútuo impediu que a bola rolasse com fluidez, mas em pouco tempo os ataques perigosos começaram a aparecer.

As primeiras chances de gol tiveram pouco a ver com a postura dos times. A França chegou à área com perigo primeiro, aos 10 minutos, não em contra-ataque, mas em troca de passes habilidosa. Griezmann fez jogada pela esquerda, passou para Valbuena, que chegou à linha de fundo e cruzou para trás. Benzema finalizou de primeira, muito perto da trave de Neuer.

Em seguida, a Alemanha respondeu. Não com posse de bola, mas em cobrança de falta. Kroos cruzou na área e achou o zagueiro Hummels, que cabeceou para as redes. Foi o gol mais rápido do mata-mata desta Copa. Aos 23 minutos, a Alemanha pediu pênalti em jogada de Klose. O alemão buscava dominar um lançamento e Debuchy segurou sua camisa. O juiz manda o jogo seguir. Os alemães pediram nova infração aos 32 minutos, em jogada de Muller com Debuchy. Mais uma vez, nada marcado.

A defesa germânica dominava o ataque francês, que tentou, mas pouco criou. Aos 32, uma das raras chances dos gauleses. Griezmann cruzou para Valbuena, que chuta cruzado para excelente defesa de Neuer. No rebote, Benzema manda por cima do gol. Aos 35, Sakho completou o cruzamento de escanteio para fora, com perigo.

Aos 41, foi a vez da França pedir um pênalti. Benzema tentou o domínio de frente para o gol, mas Hummels corta. O francês pede toque de mão. Mais uma vez o árbitro mandou o jogo seguir.

A última chance do primeiro tempo foi da França, que já pressionava para buscar o empate. Pogba, que não fez boa partida, conseguiu lançar Benzema, que cortou para dentro e chutou, para a defesa de Neuer.

Com um gol atrás, França e Alemanha inverteram os papéis no segundo tempo. Franceses buscavam o ataque e a Alemanha ficava com o contra-golpe. Mas as chances demoraram para aparecer. Aos 15, Varane cabeceou depois de cruzamento de Griezmann, mas Neuer defendeu.

Aos 23 minutos, o atacante Klose, que começou como titular, foi substituído por Schurrle. Não foi dessa vez que o alemão superou Ronaldo na artilharia das Copas.

A Alemanha conseguiu aproveitar contra-ataque aos 24 e Muller chutou cruzado, muito perto da trave de Lloris. Aos 27 o técnico francês Didier Deschamps tirou o volante Cabaye para a entrada do atacante Rèmy. Dez minutos depois, Valbuena deu lugar para outro atacante, Giroud. As alterações, que buscavam um time mais ofensivo, não ajudaram a alterar o placar. A defesa alemã continuava bem postada, sem permitir uma pressão francesa.

Na verdade, a Alemanha chegou a estar perto de ampliar o marcador. Ozil puxou contra-ataque pela esquerda aos 36 minutos e cruzou para Muller que, sozinho, chutou para a defesa de Lloris com os pés.

Nos últimos minutos, a França avançou para o tudo ou nada e levou perigo com Benzema. O atacante invadiu a área e chutou cruzado, para bela defesa de Neuer. Foi a última chance francesa.

A Alemanha agora espera o vencedor da partida entre Brasil e Colômbia para saber quem enfrentará na semifinal, no dia 8, às 17h, em Belo Horizonte.