Favorita no papel

Bélgica é posta à prova contra os Estados Unidos

Diabos Vermelhos terão de mostrar a que vieram contra os aguerridos ianques. Com ataques pouco produtivos, duas equipes irão se beneficiar da mística da Fonte Nova?

GUILLAUME HORCAJUELO/EFE

Com 1,98m de altura, Courtois só levou um gol. Mas seus colegas vermelhos ainda não foram muito endiabrados no ataque

De um lado, uma promessa que venceu mas ainda não convenceu. Do outro, uma equipe que confirma sua tradição de competitividade que sempre a faz avançar um pouco além do que se poderia esperar. Trajetórias bem diferentes levaram Bélgica e Estados Unidos ao confronto nas oitavas-de-final da Copa 2014, nesta terça, 1º de julho, na Arena Fonte Nova, Salvador, às 17h.

Os Diabos Vermelhos chegaram à Copa incensados por sua ótima campanha nas eliminatórias europeias, a ponto de se ouvir falar numa “geração de ouro” do futebol belga, com os meias Hazard e Mertens e o excelente goleiro Courtois, entre outros talentos. As expectativas se confirmaram em parte, pelo menos nos resultados, com aproveitamento de 100% dos pontos, igualando neste quesito apenas Colômbia, Holanda e Argentina. Foram de fato três vitórias em três partidas, mas vitórias difíceis, apertadas, com poucos gols: apenas quatro, sendo que nenhuma foi vencida por uma diferença maior do que um gol.

Já os Estados Unidos lutaram e conseguiram uma vitória, um empate e uma derrota, o suficiente para desbancar a seleção portuguesa de Cristiano Ronaldo e classificar-se junto com a favorita Alemanha. Já teve gerações de jogadores melhores, mas é sempre um time muito disciplinado e aguerrido, difícil de bater.

A Bélgica é, portanto, favorita, mas vai ter que jogar mais do que mostrou na primeira fase para avançar na competição e impedir que Estados Unidos consigam classificar-se para as quartas-de-final. Na história, os ianques têm a quase mítica marca de um terceiro lugar na primeira das Copas, em 1930, no Uruguai, e tiveram um bom desempenho em 1950, quando bateram a então poderosa Inglaterra, mas depois disso só chegaram às oitavas em 1994, perdendo para o Brasil.

Mas, se nenhum dos dois desafiantes deste duelo mostrou fartura de gols na primeira fase, o estádio pode ajudar. A Fonte Nova mostrou-se até aqui o lugar onde a bola mais balança as redes, e a magia baiana pode desencantar essas duas seleções do Atlântico Norte.

O vencedor dessa partida mira em seu caminho as favoritas Argentina e Holanda, tidas como prováveis para disputar uma das semifinais. Não está fácil pra ninguém.