nova baixa

Sistema Cantareira continua em queda e registra 8,7% de água nos reservatórios

Luiz Augusto Daidone/Fotos Públicas Reservatório registrou queda mesmo com as chuvas que atingiram a região das cabeceiras do manancial São Paulo – A capacidade dos reservatórios do Sistema Cantareira segue em […]

Luiz Augusto Daidone/Fotos Públicas

Reservatório registrou queda mesmo com as chuvas que atingiram a região das cabeceiras do manancial

São Paulo – A capacidade dos reservatórios do Sistema Cantareira segue em queda e chegou a 8,7%, segundo medição divulgada hoje (1º) pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo.

A queda do nível do Cantareira ocorre mesmo com as chuvas que atingiram a região das cabeceiras do manancial. No mês passado, a pluviometria acumulada foi 135 milímetros, volume um pouco menor que a média histórica para o mês, de 161,2 milímetros. A média de chuvas esperada para dezembro chega a 220,9 milímetros.

Os outros mananciais que abastecem São Paulo também não elevaram a capacidade. O Alto Tietê, por exemplo, passou de 5,7% para 5,6% de ontem para hoje. Nesse manancial, choveu abaixo do esperado durante o mês passado. A pluviometria acumulada foi 108,02 milímetros, enquanto a média para novembro é 117,1 milímetros. A chuva esperada para dezembro é 192,8 milímetros.

O Sistema Guarapiranga foi outro a apresentar queda, reduzindo de 33,7% ontem para 33,4% hoje. No acumulado de mês, choveu 109,3 milímetros, volume inferior à média histórica de 124 milímetros. A precipitação esperada para dezembro é 175,2 milímetros.

Já o Sistema Alto Cotia manteve-se em 29,9% entre ontem e hoje. A média histórica de chuvas para novembro é 127,2 milímetros. As chuvas que atingiram a região, por sua vez, foram 106,2 milímetros. Para dezembro, o volume esperado é 172,2 milímetros.

ANA reduz vasão do Paraíba do Sul

A Agência Nacional das Águas (ANA) determinou que a barragem em Santa Cecília reduza a vazão de água de 190 m³/s para 160 m³/s, até 31 de dezembro deste ano. Com a medida, a agência pretende preservar os estoques de água do reservatório da bacia do Rio Paraíba do Sul, composto também pelos barramentos de Paraibuna, Santa Branca, Jaguari e Funil.

A medida foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (1º). Ainda de acordo com a resolução, ANA, Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e governo do estado do Rio de Janeiro vão acompanhar as avaliações periódicas, feitas com o propósito de identificar os impactos causados pela redução da vazão.

Esse acompanhamento poderá contar também com a participação das empresas responsáveis pela gestão dos reservatórios e do apoio do Comitê para Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap) e do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Guandu.

As avaliações buscarão identificar os efeitos que a redução da vazão na barragem terá rio abaixo, bem como o bombeamento de água para o Rio Guandu. Para tomar essa decisão, a ANA levou em conta a situação desfavorável na bacia – após longo período de estiagem – e o fato de o Rio Paraíba do Sul ser de grande importância para o abastecimento de várias cidades do estado do Rio de Janeiro.

A Bacia do Paraíba do Sul  abrange 184 municípios, dos quais 88 estão em Minas Gerais, 57 no Rio de Janeiro e 39 em São Paulo. A água do rio é usada para abastecimento, geração de energia hidrelétrica e irrigação.