O presidente da Bolívia, Evo Morales, vai liderar uma delegação para apresentar ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, as demandas da conferência climática realizada em seu país. A ação faz parte de uma campanha que pretende pressionar a cúpula climática mundial, prevista para o fim do ano no México.

O presidente boliviano também pretende viajar para Madri e entregar as conclusões ao governo espanhol, que preside temporariamente a União Europeia.

Investimento

O vice-presidente boliviano, Alvaro García Linera, alertou que o consórcio liderado pela espanhola Repsol, tem de investir no campo de gás natural Margarida ou o Estado irá assumir o projeto.

A indústria de energia da Bolívia foi nacionalizada há quatro anos e, apesar de empresas estrangeiras continuarem a operar na Bolívia, elas paralisaram os investimentos para ampliar a produção.

No final do ano passado, a Repsol prometeu que as três empresas responsáveis vão investir U$ 1,5 bilhão em Huacaya e Margarita, dois campos no bloco Caipipendi.

O governo boliviano já informou no passado que o desenvolvimento de Caipipendi vai permitir que a Bolívia eleve as exportações de gás para a Argentina. Um acordo entre os dois países prevê quadruplicar as exportações de gás natural para a Argentina até 2011, ante o máximo atual de 7,7 milhões de pés cúbicos por dia.

A Bolívia tem a segunda maior reserva de gás natural da América do Sul, ficando atrás da Venezuela, e é o principal exportador da região, fornecendo para Argentina e Brasil.

Com informações da Reuters