Dia Mundial sem Carro é celebrado nesta terça

Coordenadora do Greenpeace pede que motoristas adotem transporte coletivo ou alternativo durante todo o ano, e não apenas por 24 horas

Ativistas “multam” simbolicamente motoristas em várias cidades do Brasil por: desrespeito a pedestres e a ciclistas, andar sozinho dentro do carro ou em veículos muito poluentes (Foto: divulgação)

A Semana de Mobilização pelo Clima chega ao fim nesta terça-feira (22) com o Dia Mundial sem Carro. A ideia é que os veículos particulares sejam deixados em casa, adotando o transporte público, a bicicleta ou as próprias pernas como meios de locomoção.

O Greenpeace, que capitaneou as principais iniciativas desenvolvidas ao longo dos últimos sete dias, organizará pontos de esclarecimento à população em oito capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Manaus, Recife e Brasília.

Gabriela Vuolo, coordenadora de mobilização da campanha do Greenpeace para o clima, esclarece que é um dia muito importante para os habitantes de áreas urbanas. “É difícil para os moradores das cidades grandes fazer alguma coisa pela Amazônia, mas é um pouco mais fácil com relação ao setor de transportes. O que a gente pede é que as pessoas deixem seus carros em casa e que esse dia se torne um modelo para o resto do ano”, afirma.

Ao longo da semana anterior, foram organizados eventos em diversas cidades alertando sobre as linhas adotadas como fundamentais pelo Greenpeace: zerar o desmatamento, proteger os oceanos e produzir fontes de energia limpas e renováveis. Por isso, ativistas fantasiados circularam pelas oito capitais escolhidas explicando à população as ligações entre a pecuária e o aquecimento global, a facilidade em adotar a energia solar em residências e a importância de não deixar lixo nas praias, entre outros aspectos.

Vacas nas ruas de São Paulo

 Um dos objetivos é debater a importância da COP15, a Conferência da ONU sobre as Mudanças Climáticas, marcada para dezembro em Copenhague, na Dinamarca. “Faltam menos de 80 dias para a reunião e a gente vê muito pouco avanço em termos de medidas concretas. Se o Brasil quiser mesmo ser um líder nessas negociações internacionais do clima vai ter de adotar uma postura mais ambiciosa”, destaca Gabriela Vuolo.

O Greenpeace acredita que a crise econômica mundial e os socorros dados aos bancos deixaram claro que há dinheiro suficiente para as causas ambientais, mas essa não é a prioridade. Mais do que isso, a coordenadora de mobilização da organização lembra que a energia limpa, a floresta conservada e a proteção dos oceanos significam geração de empregos.

Confira aqui os pontos em que estarão os ativistas.