Contra a democracia

Homem que pretendia explodir bomba em Brasília atuava em acampamento bolsonarista

Busca e apreensão em apartamento de bolsonarista encontra explosivos semelhantes ao usado em caminhão na tentativa de explosão no aeroporto da capital federal

Divulgação
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Arsenal encontrado no apartamento de ativista contra a democracia

São Paulo – O ativista bolsonarista que pretendia explodir uma bomba em um caminhão de combustível no aeroporto de Brasília no dia da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 1° de janeiro, chama-se George Sousa e vinha atuando na mobilização contra o resultado das eleições deste ano, em frente ao quartel-general do Exército em Brasília. 

O chefe da Polícia Civil do Distrito Federal, Robson Cândido, confirmou à Folha de S.Paulo na noite desse sábado (24) que o suspeito declarou ser bolsonarista e participar do acampamento criado em frente ao quartel-general.

Cândido afirmou que o homem, que é do Pará, além de ter sido preso, foi alvo de uma busca e apreensão em seu apartamento, onde foram encontrados ao menos cinco explosivos semelhantes ao que ele utilizou no caminhão, armas diversas e um fuzil. A Folha não conseguiu identificar se ele já possui advogado, segundo reportagem de Camila Mattoso e Ranier Bragon.

Segundo o delegado-chefe da Polícia Civil do DF, o material encontrado com o suspeito mostra que ele tinha intenções de fazer outras explosões. “Ele afirmou ser um dos bolsonaristas que participa do movimento do QG e tinha um grande material explosivo em sua residência, o que mostra que ele tinha mais intenções”, afirmou Cândido à Folha.

“Ele está sendo conduzido imediatamente”, completou. A busca e apreensão e a prisão foram realizadas em um apartamento no bairro do Sudoeste, em Brasília.

O caso aumentou a preocupação dos órgãos de segurança em relação ao evento de posse do presidente eleito. O futuro ministro da Justiça do novo governo, Flávio Dino (PSB), disse estar acompanhando o desenrolar dos episódios.

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Em publicação em rede social, Dino disse: “Há no material [coletado neste sábado] ‘emulsão de pedreira’. Exames periciais do artefato, assim como investigações, estão sendo executadas pela Polícia Civil do Distrito Federal. Equipe da transição acompanhando”.


Com informações da Folha de S.Paulo



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