Varejo

Vendas no comércio sobem em novembro, mas têm queda no ano

Foi a primeira alta em cinco meses. Na comparação com igual novembro de 2015, foi a 20ª retração seguida, segundo o IBGE, com destaque para móveis e eletrodomésticos, setor dependente de crédito

Arquivo/EBC

Mesmo com resultado positivo de novembro, vendas do comércio cairam 6,4% no acumulado de 2016

São Paulo – O comércio varejista cresceu 2% de outubro para novembro, após quatro quedas mensais, com alta de 0,9% na receita, segundo informou hoje (10) o IBGE. Mas na comparação com novembro de 2015, houve retração de 3,5%, a 20º taxa negativa seguida nessa base de comparação. O volume de vendas cai 6,4% no acumulado de 2016 e 6,5% nos 12 últimos meses, com aumento de 4,8% e 4,6% na receita, respectivamente.

O chamado varejo ampliado, que inclui os segmentos de veículos, peças e de material de construção, teve crescimento de 0,6% no volume e 0,3% na receita, também de outubro para novembro. As vendas caem 4,5% ante novembro de 2015, 8,8% no ano e 9,1% no acumulado em 12 meses.

No mês, cinco das oito atividades do varejo tiveram resultado positivo, com destaque para a alta de 0,9% em  hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, além de outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,2%), móveis e eletrodomésticos (2,1%) e equipamentos de escritório, informática e comunicação (4,3%). “Os desempenhos destes segmentos em novembro indicam um movimento de antecipações de compras para o Natal, fato que se acentua a cada ano”, diz o IBGE. Entre as atividades que registraram queda, estão tecidos, vestuário e calçados (-1,5%), livros, jornais, revistas e papelaria (-0,4%) e combustíveis e lubrificantes (-0,4%). Material de construção cresceu 7,2%, enquanto veículos, motos e partes e peças recuou 0,3%.

Na comparação com igual mês do ano anterior, houve “perfil disseminado” de resultados negativos. O principal impacto veio de móveis e eletrodomésticos, com retração de 7,4% nas vendas.  O setor acumula queda de 13% no ano e de 13,7% em 12 meses. “Com uma dinâmica de vendas associada à disponibilidade de crédito, os resultados do setor, foram influenciados principalmente pela elevação da taxa de juros nas operações de crédito às pessoas físicas entre novembro de 2016 e novembro de 2015″, avalia o IBGE.

Outras quedas de destaque foram das atividades de tecidos, vestuário e calçados (-9,6%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,1%).