Morte de Wando une senador da base governista e da oposição

Petista Eduardo Suplicy e tucano Álvaro Dias fizeram homenagem ao cantor

São Paulo – A morte do cantor Wando (Vanderley Alves dos Reis, 66 anos) uniu durante alguns instantes, nesta quarta-feira (8), representantes do governo e da oposição no Senado. Em pronunciamento, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu um voto de pesar. Enquanto falava, o tucano Álvaro Dias (PR) pediu aparte e também fez homenagem ao artista, lembrando a participação dele em comícios no Paraná, em 1984, pelo volta das eleições diretas para presidente da República. Naquele ano, ocorreu o movimento das Diretas Já, de apoio à emenda que acabou não sendo aprovada no Congresso.

Suplicy citou algumas das profissões exercidas por Wando, como vendedor de jornal, motorista de caminhão e feirante, antes de começar a compor. O parlamentar lembrou ainda que o cantor gravou 28 álbuns e vendeu pelo menos 12 milhões de discos, firmando-se no “imaginário romântico, erótico e afetivo do povo brasileiro”, em citação do documentário Vou rifar meu coração, de Ana Rieper, apresentado em 2011, no Festival de Brasília.

O senador petista também lamentou a anunciada aposentadoria da cantora e compositora Rita Lee. Além de fazer uma breve biografia dos dois homenageados, Suplicy declamou versos de algumas canções mais conhecidas, como “Fogo e Paixão”.

“Nosso povo gosta das histórias da vida amorosa de pessoas comuns, em situações reais. Wando dá um depoimento (no documentário) no qual confessa que suas músicas falam de sua vida, seus amores, seus sofrimentos, suas alegrias e frustrações. Por isso, os brasileiros o entende tão bem”, disse Suplicy. “A homenagem não é apenas a um artista, a um cancioneiro popular”, endossou Dias, destacando a “postura cívica” de Wando.

 

Com informações da Agência Senado