Ao dar posse a novo titular, Dilma valoriza papel do Ministério das Cidades

Aguinaldo Ribeiro, novo ministro, avalia que não há confronto entre nomeação política e boa gestão dos trabalhos fundamentais para o país

Dilma ressaltou que considera o Minha Casa, Minha Vida um programa estratégico no projeto de crescimento econômico com qualidade de vida (Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência)

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff valorizou o papel do Ministério das Cidades ao dar posse nesta segunda-feira (6) ao novo titular da pasta, Aguinaldo Ribeiro, que assume o lugar de Mário Negromonte, envolvido em denúncias de irregularidades e com imagem de administração ineficiente.

“Como nós todos aqui sabemos, o Ministério das Cidades é uma pasta estratégica para o governo porque estamos decididos a investir pesadamente em infra-estrutura e em melhoria da qualidade de vida e da distribuição de renda em nosso país”, afirmou a presidenta, destacando como objetivo o crescimento sustentável com criação de empregos.

Dilma elegeu o Minha Casa, Minha Vida, programa na área de habitação, como prioridade por simbolizar aquilo que acredita ser o sonho das famílias de baixa renda. Além disso, ela indicou que a pasta tem um trabalho no ordenamento urbano e nos trabalhos de saneamento básico. “Sabemos que nossas cidades cresceram por muitas décadas de maneira desordenada, com a formação de cinturões de miséria em suas periferias. Queremos e vamos alterar esse quadro. Com coordenação, com regra e, sobretudo, com obras, programas e investimentos públicos.”

Em um discurso de pouco mais de dez minutos, ela citou por duas vezes o nome de Negromonte, a quem fez questão de agradecer. “Tenho certeza que continuarei contando com a contribuição e o apoio deste baiano, deputado federal e integrante da base aliada”, disse, em referência ao retorno do ex-ministro ao Congresso como deputado do PP, mesmo partido de Ribeiro.

O novo ministro, por sua vez, afirmou que será preciso “destravar as engrenagens” para garantir a execução dos projetos e fiscalizar o cumprimento de metas. “É possível gerenciar, pensar grande na hora de conceber e agir no detalhe na hora de executar. Isso, ao meu ver, é o que significa modernidade na hora de fazer política. É romper o falso dilema entre política e gestão”, disse Ribeiro. Ele teve a indicação contestada nos últimos dias por setores da imprensa que defendiam a nomeação de técnicos para o comando das pastas sob a leitura de que as indicações políticas podem levar ao direcionamento do trabalho ministerial a partidos ou a redutos eleitorais. “A boa gestão na vida pública tem de ser política no seu sentido mais amplo. A boa política nos dias de hoje tem de estar baseada na gestão, nos resultados concretos, na realização, no alcance de metas, na eficiência, na busca permanente por avanços.”

Leia também

Últimas notícias